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Resultados da TAP são “catastróficos”

A TAP divulgou os seus resultados referentes ao último trimestre do ano passado, resultados esses que acabaram por se revelar catastróficos. Nada que apanhasse os investidores e analistas de surpresa, diz Henrique Tomé, analista da XTB.

Apesar da empresa nacional vir a apresentar resultados preocupantes e fragilidades há vários anos, o último ano pandémico veio a agravar ainda mais a situação da TAP, muito devido às fortes medidas de confinamento que acabaram por limitar a mobilidade de pessoas. A empresa teve um prejuízo recorde de 1,230 mil milhões de euros em 2020, acabando por superar em larga escala os prejuízos registados no ano anterior.

O setor da aviação tem vindo a atravessar momentos difíceis, mas a situação da TAP tem vindo a revelar-se ainda mais difícil. Na divulgação dos seus resultados, a empresa ainda referiu que suspendeu cerca de 93% das suas operações em comparação com o mesmo período homólogo do ano anterior, devido às medidas de restrições impostas à escala mundial.

Ora, se o último trimestre de 2020 apresentou sérias fendas nas contas da TAP, o primeiro trimestre deste ano poderá revelar-se igualmente frágil e preocupante, afirma o analista.

Uma vez que o mercado já estava à espera que tais resultados acabassem por surgir, é previsível que não apresente riscos acrescidos para o plano de reestruturação que já tinha sido moldado antes. O principal risco no meio de tudo isto continua a ser a grande dependência de apoios do Estado, pois o buraco financeiro continua a aumentar. Em termos laborais, não creio que exista nenhum impacto significativo, pelo menos agora.

No entanto, se o buraco financeiro da TAP não começar a abrandar o ritmo dos últimos meses, a empresa corre sérios riscos, considera Henrique Tomé.

 

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