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Quem são os emigrantes que podem ganhar a Liga Europa?

© Manchester United

A final da Liga Europa joga-se no próximo dia 21 de maio em Bilbau, Espanha, e vai ser disputada pelos emblemas britânicos Tottenham e Manchester United, que de tudo farão para salvar a época menos conseguida a nível interno e também para alcançarem um bilhete de acesso à bem mais lucrativa Liga dos Campeões no ano que vem. Se do lado dos Spurs não há qualquer atleta ou técnico principal com passaporte português, do lado dos “red devils” é possível contar três: Ruben Amorim, Bruno Fernandes e Diogo Dalot.

O treinador, de apenas 40 anos, entrou no comboio a meio da viagem e tem vindo a acumular resultados que deixam muito a desejar em Inglaterra. Foi eliminado precisamente pelo Tottenham da Carabao Cup em dezembro e viu o Fulham, em março, afastá-lo na quinta ronda da FA Cup. Na liga, ocupa à passagem de 35 jornadas (24 sob o seu comando) a 15.ª posição.

Por seu turno, Ruben Amorim tem mostrado uma face totalmente diferente na Liga Europa. Desde que assumiu o histórico de Manchester, tem conseguido manter a invencibilidade e fazer com que os seus atletas rubriquem boas exibições.

Até ao momento, Amorim, ao serviço do United na Europa, tem umas impressionantes oito vitórias e apenas dois empates, resultados que permitiram que chegasse ao “tudo ou nada” no San Mamés.

Mas antes de chegar a Old Trafford, o jovem treinador português brilhou no Sporting, clube que decidiu apostar em si após 13 jogos à frente do rival Sporting de Braga, que, por sua vez, já havia reconhecido o seu potencial devido à sua estreia de sucesso no Casa Pia.

Como técnico, Amorim venceu duas vezes o campeonato português, três vezes a Taça da Liga portuguesa e uma Supertaça Cândido de Oliveira.

Como jogador, formou-se entre Benfica, CAC, Corroios e Belenenses, tendo neste último conseguido estrear-se como sénior em 2003-04.

No plantel principal do clube de Belém passou cinco temporadas. Depois, foi repescado pelo Benfica, onde esteve mais oito anos (dois dos quais emprestado ao Sporting de Braga). Terminou a carreira no Al-Wakrah, clube do Catar.

A nível de palmarés, venceu três vezes a I Liga, seis vezes a Taça da Liga, uma vez a Taça de Portugal e uma vez a Supertaça Cândido de Oliveira.

Pela seleção, o antigo médio disputou 14 jogos, o primeiro em 15 de junho de 2010.

Manchester United

Olhando agora para dentro das quatro linhas e começando pelo setor mais recuado, destaque para Diogo Dalot, lateral-direito de raiz – que também atua pela esquerda – nascido há 26 anos em Braga.

Foi no Fintas que começou a jogar futebol, mas depressa o Futebol Clube do Porto o agarrou.

Formado entre o Olival, a Dragon Force e o Padroense, evidenciou-se o suficiente para ser aposta de Sérgio Conceição num jogo a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal, diante do Lusitano de Évora. Dalot jogou os 90 minutos e ainda anotou uma assistência. Estávamos na época 2017-18 e o defesa começava a ser opção, a titular ou a partir do banco, do carismático treinador. Terminou aquela campanha com oito aparições e três passes para golo concretizados.

Atento à sua ascensão meteórica estava o Manchester United, que no verão seguinte bateu 22 milhões de euros para garantir os seus serviços.

Na época de estreia em Inglaterra, Diogo Dalot disputou 23 partidas. Na segunda, apenas 11, e à entrada da terceira, foi emprestado ao AC Milan por 500 mil euros. Entre 2020 e 2021 jogou por 33 vezes, apontou dois golos e assistiu três vezes.

O progresso demonstrado em Itália convenceu o Manchester United a apostar no internacional português de uma vez por todas. Desde a época 2021-22 até ao momento, já soma 173 encontros, oito tentos em seu nome e 12 assistências.

Diogo Dalot conta com uma Liga portuguesa, uma FA Cup e uma Taça da Liga inglesa.

A nível internacional, esteve em campo 29 vezes e marcou três golos. Foi Fernando Santos quem lhe deu a oportunidade de representar a Equipa das Quinas em junho de 2021.

Luís Vieira Cruz / BOM DIA

No miolo, Ruben Amorim conta com um outro português. Bruno Fernandes, experiente construtor de jogo, finalizador nato e um verdadeiro líder dentro e fora do rectângulo de jogo. É o capitão da equipa e o atleta que, em muitas ocasiões, carrega a restante equipa às costas. Desde que está em Inglaterra já marcou 98 golos e assistiu os companheiros por 83 vezes.

O seu percurso no chamado “desporto rei” teve início no Infesta, depois no Boavista, na Pasteleira e no Novara, de Itália.

Foi neste último clube que teve a chance de se estrear no futebol sénior, com 23 jogos em 2012-13.

O seu estilo de jogo característico e irreverente chamou a atenção da Udinese, que o comprou por 2.5 milhões de euros (tinha saído do Boavista por apenas 40 mil euros).

Esteve mais quatro anos na Serie A. Três nos “bianconeri” e um na Sampdoria, que em 2016-17 o recrutou por 7.5 milhões. Porém, foi em Portugal que se tornou num jogador altamente decisivo.

Foi o Sporting quem lhe propôs o regresso a casa, e em boa hora o fez. Na primeira época em Alvalade participou em 56 encontros, na segunda em 53 e na terceira apenas 28, porque no mercado de inverno saiu rumo a Manchester, a troco de 65 milhões de euros.

Bruno Fernandes já ergueu uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga, uma FA Cup e uma Taça da Liga Inglesa.

Na seleção A, conquistou o título mais importante da carreira: a Liga das Nações 2018-19.

Já deu o seu contributo a Portugal por 78 ocasiões, marcando 25 golos.

Jogou pela primeira vez de quinas ao peito em novembro de 2017, contra a Arábia Saudita.

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