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Quarentena para britânicos que visitem a Madeira?

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse estar convicto de que as “dúvidas” sobre a obrigatoriedade de os turistas britânicos que visitam a Madeira terem de cumprir quarentena no regresso ao país vão ser “dissipadas” em breve. “Tenho a certeza de que vão ser dissipadas estas dúvidas nos próximos dias, nem digo nas próximas semanas, porque é tão grande a evidência dos factos, tão grande”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada ao Aeroporto Internacional da Madeira.

O chefe de Estado falava durante uma visita de menos de 24 horas à ilha, que inclui uma deslocação, no domingo, à freguesia de Câmara de Lobos, onde foi instalada uma cerca sanitária entre 19 de abril e 03 de maio, devido à identificação de uma cadeia de transmissão de covid-19.

“Foi um processo complexo, difícil, mas bem-sucedido em termos de gestão de uma pandemia que sabemos que é difícil”, afirmou, vincando que “os números falarão por si” e serão “evidentes” também nos “nossos velhos aliados britânicos”.

A Madeira registou até hoje 92 casos de covid-19, já com 90 recuperados e apenas dois ativos, sem necessidade de cuidados hospitalares.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico deixou de desaconselhar as viagens para a Madeira e Açores, juntamente com uma série de outros países, mas continua a advertir contra as visitas a Portugal continental.

No entanto, permanecem dúvidas sobre a eventual obrigatoriedade de os cidadãos britânicos terem de cumprir quarentena no regresso ao país.

“Em comparação com diversos países europeus, incluindo o Reino Unido, é tão patente a diferença no número de infetados, no número de infetados graves, no número de mortes que ainda existem nesses países, que, realmente, quando se fala em segurança, confiança, presente e futuro, a Madeira é um exemplo que é óbvio, é evidente”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República sublinhou que a resposta das autoridades regionais à pandemia correu “muito bem”, explicando que só não se deslocou mais cedo à Madeira porque teria de cumprir quarentena obrigatória, que vigorou até 30 de junho, situação que não era compatível com as suas funções de chefe de Estado.

“A viagem visa estar aqui num momento, que é particularmente importante, na vida da Região Autónoma da Madeira e, portanto, de Portugal, porque é, de alguma maneira, o coroar de um processo”, disse.

Sobre as denúncias feitas pelo executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, sobre falta de solidariedade do Estado durante a pandemia, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que os “passos dados” no Orçamento Suplementar, que permite à região o endividamento até 10% do Produto Interno Bruto (PIB) regional, são “muito importantes”.

“Acho que, como todas as histórias, o fim é o que importa e o fim está a ser aquele que todos desejamos”, declarou, adiantando, no entanto, que a Madeira precisa de “ter a compreensão” das principais forças políticas ao nível da Assembleia da República, para poder dar “passos fiscais, económicos e financeiros”.

O Presidente da República mostrou-se, por outro lado, “muito impressionado” com os dados da reabertura do turismo no arquipélago a partir de 01 de julho, que lhe foram fornecidos à chegada pelo chefe do executivo regional, Miguel Albuquerque, indicando, sem precisar números, que os turistas estão a chegar de “forma sucessiva e consistente”.

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