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Quais são as razões do caos nos céus?

Portugal, Espanha, França , Países Baixos, Reino Unido e EUA são alguns dos países que se têm debatido com problemas nos aeroportos, com filas longas, voos cancelados e muito desespero entre os passageiros. É um problema global que não vai resolver-se tão cedo.

O caos no aeroporto de Lisboa tem sido associado à necessidade já detetada há muito de um novo aeroporto na capital portuguesa. Mas essa necessidade já reconhecida não é o único problema, já que estamos perante um caos global.

Só no dia 2 de Julho, houve 607 voos cancelados nos aeroportos norte-americanos, segundo o site de monitoização Flightaware. Só nesta terça-feira, os cancelamentos ficaram-se pelos 581 voos nos EUA. A nível global, houve 2.424 voos cancelados e 23.544 com atrasos, na terça-feira, de acordo com a referida publicação. Nesta quarta-feira, o total de cancelamentos já vai em 1.572, ainda segundo o Flightaware.

Aeroportos de todo o mundo estão a ter dificuldades com diversos problemas que não eram tão marcantes antes da pandemia. O aumento da procura de viagens, após muitas pessoas se virem impedidas de viajar durante a pandemia de covid-19, veio colocar essas dificuldades em evidência.

Só nos EUA, na passada sexta-feira, véspera do fim-de-semana prolongado do 4 de Julho, ultrapassou-se um recorde de passageiros nos aeroportos do país, com 2,49 milhões de viajantes, segundo dados da Administração de Segurança dos Transportes citados pela comunicação social norte-americana.

A par deste aumento de procura, têm surgido vários problemas relacionados com a falta de pessoal.

Depois da pandemia, a falta de trabalhadores é um cenário global e persistente em vários sectores de actividade. Na aviação, é particularmente relevante, sobretudo porque está a afectar áreas essenciais relacionadas com a segurança, por exemplo.

Nos EUA, a Administração Federal da Aviação enfrenta uma falta de controladores de tráfego aéreo, de acordo com dados avançados pela CNN.

Já o Reino Unido tem tido dificuldades em contratar trabalhadores da União Europeia depois da consumação do Brexit.

Mas a par da falta de recursos humanos, tem havido greves em vários aeroportos convocadas por sindicatos descontentes com as condições de trabalho e com os baixos salários.

Os trabalhadores da Ryanair têm protestado em países como Portugal, Espanha, França, Bélgica e Itália.

Em Espanha, também os trabalhadores da Easyjet têm feito greve, queixando-se de terem piores condições de trabalho do que os seus colegas de empresa noutros países.

No Reino Unido, alguns trabalhadores em greve queixam-se dos cortes salariais que foram impostos durante a pandemia e que continuam.

O pior de tudo é que os problemas devem continuar durante todo o Verão, o que afectará as férias de muitos passageiros. E só se esperam melhorias lá para o Inverno.

Em Portugal, o Governo já apresentou um plano de contingência para evitar bloqueios nos atendimentos dos aeroportos, anunciando um reforço de recursos humanos com a contratação de mais 238 operacionais.

Noutros países, os Governos têm tomado medidas com vista à regularização da situação, nomeadamente quanto ao uso das slots de voo que são atribuídas a cada companhia aérea. Alguns aeroportos já anunciaram a redução dessas slots neste Verão, o que levará a uma redução do número de voos.

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