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Projeto de teatro “Viagem a Portugal” só para em Viseu

O projeto Viagem a Portugal, do Teatro do Vestido, vai ter a sua “última paragem” no Teatro Viriato, em Viseu, com um terceiro espetáculo que se estreia na quinta-feira e que pretende ser intemporal.

“Paragem Viseu, última paragem ou o que nós andámos para aqui chegar” é o nome do espetáculo integrado no projeto Viagem a Portugal, que arrancou em janeiro, no Minho, e que passou também por Alcanena.

“Nós viajamos por muitas construções da nossa identidade, por um contexto contemporâneo do agora e, ao mesmo tempo, há uma reflexão de uma geração, por isso, termina com uma espécie de carta aos nossos pais”, disse aos jornalistas Joana Craveiro, responsável pelo texto e direção do espetáculo.

Joana Craveiro, que é artista residente do Teatro Viriato, explicou que se trata do fechar de um ciclo temático durante o qual a companhia trabalhou sobre Portugal.

“Há seis anos, iniciámos uma grande investigação sobre a memória histórica portuguesa e, de alguma forma, este espetáculo é o culminar de todo esse processo”, frisou, acrescentando que foram usadas muitas das histórias recolhidas ao longo destes anos.

Durante o espetáculo, é feita uma homenagem a nomes como José Saramago, Sophia de Mello Breyner e José Mário Branco, e também às pessoas que contaram essas histórias.

“Já há algum tempo que estamos às voltas com a memória histórica mais recente, que diz respeito à ditadura, ao processo revolucionário e ao que veio depois disso. Geracionalmente, nascemos todos a seguir ao 25 de Abril, uns mais próximo, outros mais longe. De alguma maneira, a nossa reflexão vai sempre para esses legados”, frisou.

O subtítulo do espetáculo (o que nós andámos para aqui chegar) inspirou-se na canção “Eu vim de longe”, de José Mário Branco, que acabou por morrer quando este trabalho estava a ser construído.

Já a metáfora da obra “A viagem”, de Sophia de Mello Breyner, “acaba por tornar o espetáculo muito intemporal”, acrescentou Joana Craveiro.

Estêvão Antunes, Simon Frankel e Tânia Guerreiro são os intérpretes do espetáculo, que conta com música ao vivo de Francisco Madureira. Em palco, está também Mafalda Pereira, responsável por manipular documentos e fazer vídeos em tempo real, que são projetados no cenário.

O espetáculo terá também apresentações na sexta-feira e no sábado.

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