A ministra da Educação timorense pediu “dedicação e lealdade” aos 35 professores portugueses que vão integrar um projeto luso-timorense de requalificação do ensino timorense em língua portuguesa nas escolas de Timor-Leste.
O grupo junta-se a 105 outros professores que chegaram no final de fevereiro e que estarão destacados em escolas nos 12 municípios e na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA).
Os professores portugueses – a maior parte dos quais pela primeira vez no país – estão integrados no projeto dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), iniciativa que conta com o apoio dos Governos de Timor-Leste e de Portugal.
A ministra da Educação, Juventude e Desporto, Dulce Soares, destacou a importante parceria de Portugal com Timor-Leste com vários projetos de “cooperação para o desenvolvimento”.
Projetos entre os quais se destacam os CAFE, uma das principais iniciativas para “melhorar a qualidade do sistema educativo e um dos maiores projetos de cooperação em Timor-Leste”.
Recordando que os CAFE são escolas publicas timorenses, Dulce Soares reforçou a importância de “trabalhar em parceria com os colegas professores timorenses”, apoiando assim os professores a que “melhorem os seus conhecimentos, capacidade e competências”.
“Não queremos que trabalhem isoladamente, mas sempre em colaboração com o objetivo de transmitir e partilhar experiências e conhecimentos”, disse.
“Os projetos têm que ser sustentáveis e produzir efeitos para que seja preciso cada vez menos apoio externo”, notou.
Na mesma ocasião, o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, sublinhou a importância do projeto, um dos principais da “longa parceria” entre os dois países, com uma “aposta significativa no setor educativo”.
“Centenas de professores têm colaborado para o fortalecimento de capacidades locais, reforço da língua portuguesa e melhoria do ensino e educação em Timor-Leste”, disse.
“No plano de cooperação, educação, formação e cultura são setores de intervenção prioritária, áreas fundamentais para o desenvolvimento do capital humano e social, redução da pobreza e alcançar um desenvolvimento inclusivo e sustentável com efeitos multiplicadores”, disse.
Tendo em conta o surto de Covid-19 – ainda não há casos positivos no país – a ministra deixou ainda recomendações para que os professores “estejam alerta e tomem as devidas preocupações, mas sem demasiado alarmismo”.
Motivo pelo qual não cumprimentou “com os habituais dois beijinhos” os docentes, explicou.
Os professores portugueses juntam-se a 152 professores timorenses inseridos no projeto e que estão a trabalhar desde o arranque do ano letivo, em 13 de janeiro.
O projeto CAFE é cofinanciado por Portugal e Timor-Leste, com divisão das despesas inerentes à colocação dos docentes.
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