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Professores de português têm condições para ensinar à distância

O instituto Camões afirmou esta quinta-feira que as coordenações de Ensino de Português no Estrangeiro (EPE) não registaram até ao momento casos de professores impedidos de trabalhar à distância por falta de recursos necessários, após alertas de um sindicato nesse sentido.

Em reação à denúncia do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL) de “insuficiências” no EPE à distância devido à falta de equipamentos adequados para o acesso à internet da parte de alunos e professores, durante a crise provocada pela pandemia de covid-19, o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua adiantou à Lusa que “os docentes têm dado conta de ações que vêm desenvolvendo com alunos, partilhando iniciativas desenvolvidas, soluções encontradas para os desafios com que se deparam e até materiais, em diferentes suportes, produzidos por alunos”.

Estas “dinâmicas” têm “contado com uma ampla participação dos docentes” e “está a ser trabalhada a criação de um repositório partilhado destes materiais produzidos pelos docentes para o novo contexto de ensino não presencial”.

O Camões garante que as coordenações do EPE não têm “registo de docentes que se tenham visto impedidos de tomar parte nestas dinâmicas por falta dos recursos necessários”.

E recordou que o instituto “desenvolveu e disponibilizou na sua plataforma de ‘e-learning’ um curso online, gratuito e acreditado, visando fornecer aos docentes um apoio a esse processo, a que se juntam as dinâmicas colaborativas que se estabelecem no interior de cada coordenação”.

O curso registou 426 participantes, “demonstrando uma adesão e uma abrangência (bem como a capacidade de acesso) que ultrapassa até o âmbito da própria rede EPE”.

Este organismo recordou que, “no âmbito do seu normal percurso escolar – seja no ensino integrado como no paralelo – os alunos estão a receber das respetivas escolas que frequentam as atividades e tarefas curriculares pela mesma via digital a que o EPE igualmente faz apelo”.

“Conforme recomendação e em resultado da própria discussão em grupo, os docentes EPE têm, no entanto, estado particularmente sensíveis na identificação de necessidades concretas dos seus alunos e na busca de respostas o mais adequadas possível aos diferentes perfis de necessidades, demonstrando, em articulação com as coordenações do EPE, coesão, capacidade de entreajuda e sentido de missão pública”, prossegue o esclarecimento.

Segundo o SPCL, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua devem “apoiar o recurso a formas alternativas de contacto com os alunos, de modo a impedir que se verifiquem as insuficiências que se têm vindo a registar”.

Estas insuficiências, lê-se no comunicado hoje divulgado por aquele sindicato, filiado na Federação Nacional de Educação (FNE), “impedem o efetivo desenvolvimento de atividades letivas não presenciais, tanto por parte dos professores como dos alunos”.

Segundo o sindicato, nem os professores nem os alunos, “em muitos casos, dispõem de equipamentos adequados para a realização do ensino a distância, verificando-se inúmeros casos em que não existe acesso à Internet, especialmente no respeitante a alunos e encarregados de educação”.

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