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Procuram-se doentes de Alzheimer em fase inicial para estudo

Como único sócio tecnológico do projeto de investigação científico-clínico H2020 MOPEAD (Models of Patient Engagement for Alzheimer’s disease), a GMV desenvolveu o portal https://www.mopeadstudy.eu/ que já está operacional para selecionar as pessoas que se encontrem numa fase inicial da doença de Alzheimer.

Este projeto inovador tem como principal objetivo consolidar um sistema de diagnóstico precoce de Alzheimer sob o modelo de “Ciência Cidadã” em que cidadãos anónimos colaboram com a investigação. Um dos seus aspetos mais inovadores apoia-se na ampla participação sobre a qual se baseia a investigação: o projeto deverá envolver pelo menos 2000 pessoas com idades compreendidas entre os 65 e os 85 anos e de nacionalidade alemã, sueca, eslovena, espanhola e holandesa, selecionadas por meio de algoritmos inteligentes e com tecnologia Big Data desenvolvida pela GMV.

O trabalho de investigação realizado no âmbito do projeto MOPEAD ajudará a definir novas ações terapêuticas para tratar a doença de Alzheimer e para determinar as pessoas adequadas para participar em testes clínicos que permitam desenvolver novos medicamentos capazes de a parar ou atrasar. Como afirma Mercé Boada, Diretora médica da instituição que lidera o projeto, a Fundació ACE (Barcelona Alzheimer Treatment & Research Center), também investigadora principal no projeto MOPEAD, “identificar os sintomas da doença, tão cedo e tão bem quanto possível, é essencial para se entender o processo neuro-degenerativo e para se encontrarem tratamentos mais eficazes nestas primeiras etapas da demência”.

Por sua vez, como afirmou Inmaculada Pérez Garro, Diretora da área de Saúde da GMV, “perante um problema de saúde desta dimensão, a tecnologia permite melhorar os resultados das investigações trabalhando com dois conceitos-chave: dados e provas”. Para isso, “tem que se maximizar o esforço na seleção de pacientes e harmonizar os dados obtidos dos próprios cidadãos, serviços de saúde, indústria, investigação, etc., garantindo a privacidade e comprometendo-se com a obtenção de provas”.

Na primeira fase do projeto, a seleção de cidadãos com risco de problemas cognitivos está a ser empreendido não apenas de maneira presencial, em clínicas especializadas, mas também online, através da plataforma desenvolvida pela GMV, orientada para estimular o recrutamento e baseada em ferramentas de Big Data e engenharia de software para a área da saúde que garantem anonimato e segurança dos dados.

A plataforma web, concebida conforme o modelo de “Ciência Cidadã”, incorporou estratégias de marketing online para otimizar o seu posicionamento e conceitos como a usabilidade ou a analítica avançada. Deste modo, quando as pessoas procuram na rede conceitos relacionados com o cuidado da memória, a vida saudável ou o Alzheimer chegarão com facilidade ao portal https://www.mopeadstudy.eu/.

Uma vez aceites na plataforma, os cidadãos com idades compreendidas entre os 65 e os 85 anos têm acesso a vários testes concebidos por neurólogos e neuropsicólogos com quem se realiza uma primeira avaliação do seu estado cognitivo. Numa segunda fase, aqueles que tiverem sido identificados como suscetíveis de estudo posterior por mostrarem desordens cognitivas leves, podem ser tratados em clínicas especializadas. Em Espanha, a clínica de referência que lidera o projeto é a Fundació ACE. O Centro para a investigação da doença de Alzheimer “Karolinska Institutet” (Estocolmo), o Hospital Universitário de Liubliana, o Hospital Geral de Colónia “Uniklinik Köln” e o Hospital Universitário de Amsterdan completam o espectro dos centros participantes no projeto e que trabalharão com os pacientes recrutados nas suas áreas de influência.

Com os dados adicionais reunidos de forma presencial e facultados por neurologistas e neuropsicólogos, por médicos assistentes e endocrinologistas que identificam pacientes com fatores de risco vascular ou diabetes tipo 2 e com maiores probabilidades de terem Alzheimer e também com os dados reunidos online, a GMV irá então extrair evidências e provas por meio de tecnologias Big Data e técnicas de analítica avançada sobre os grandes volumes de dados reunidos e tratados.

115 milhões de afetados em 2050

A demência afeta mais de 35 milhões de pessoas no mundo e ultrapassará os 115 em 2050, sendo considerada o maior problema de saúde e assistência de uma geração. Por sua vez, a doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum, de acordo com dados extraídos de 60 a 80% de todos os casos de demência. Por outro lado, apenas entre 40 a 50% de pessoas são diagnosticadas.

Atualmente, esta doença não se deteta até que apareçam sintomas evidentes como perda de memória (quando os neurónios estão a morrer), embora a sua gestação comece entre 10 e 15 anos antes. Diagnosticá-la numa etapa precoce permite que os pacientes participem em exames clínicos para travar a deterioração, ao mesmo tempo que se oferece às famílias mais tempo para reagir e se preparar para a nova situação.

Juntamente com a GMV participam no projeto MOPEAD, liderado pela Fundació ACE (Institut Català de Neurociències Aplicades): Eli Lilly and Company Ltd, ASDM Consulting, AstraZeneca AB, European Institute of Women’s Health, GMV Soluciones Globales Internet SAU, Instituto Karolinska, KITE Innovation (Europe) Ltd, Spomincica-Alzheimer Slovenia, Hospital Universitário de Colónia, Centro Médico Universitário de Liubliana, Hospital Universitário Fundazio Vall d’Hebron-Institut de Recerca, Stichting VUmc, Alzheimer Europe.

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