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Primavera Sound adiado para setembro

O festival Primavera Sound no Porto, que estava previsto para os dias entre 11 e 13 de junho, foi adiado para 03, 04 e 05 de setembro, anunciou a organização, dias após o adiamento do festival de Barcelona.

“Dada a situação excecional em que nos encontramos, o NOS Primavera Sound 2020 acontecerá de 03 a 05 de setembro. Sentimo-nos na obrigação e responsabilidade de contribuir o melhor possível para a sobrevivência da indústria dos espetáculos ao vivo, cujo papel será crucial para regressarmos à normalidade depois desta situação inédita”, pode ler-se no comunicado divulgado na página do evento, no qual é feito um agradecimento aos patrocinadores do festival, bem como à Câmara Municipal, com quem a decisão foi coordenada.

Os bilhetes já comprados para a edição que teria lugar em junho serão válidos para setembro, e mais detalhes serão anunciados quando terminar “o estado de emergência e todas as suas prorrogações”.

Num texto sem referência a eventuais alterações no cartaz, que tem como principais destaques nomes como Tyler, The Creator, Lana Del Rey, Bad Bunny e Pavement, a organização salienta que a sua “prioridade absoluta foi e será sempre garantir a segurança do público, dos artistas e de todas as pessoas envolvidas no festival”.

O Primavera Sound torna-se assim no primeiro grande festival de verão, português, a anunciar alterações à programação, depois de vários já terem emitido comunicados a referir que estariam a analisar a situação causada pelas limitações para combate à pandemia da covid-19.

O Rock in Rio Lisboa, por exemplo, previsto para 20, 21, 27 e 28 de junho, publicou um comunicado na semana passada, a assegurar que iria “aguardar o fim do estado de emergência para tomar qualquer decisão”, apesar de a artista Camila Cabello, uma das já confirmadas para o cartaz do evento, estar entre os muitos músicos que se viram obrigados a adiar ou cancelar digressões.

O estado de emergência está em vigor desde 19 de março até 02 de abril, mas vários responsáveis políticos já reconheceram que deverá ser prolongado por mais duas semanas.

Na semana passada, o North Music Festival, previsto para 22 e 23 de maio, no Porto, disse continuar “a avaliar constantemente a situação e equaciona neste momento todos os cenários possíveis”.

Já a edição deste ano do Festival Músicas do Mundo (FMM), previsto entre 18 e 25 de julho, em Sines, distrito de Setúbal, foi cancelada por não estarem garantidas as condições sanitárias e logísticas, devido à covid-19.

Em Idanha-a-Nova, o festival bienal Boom, com datas entre 28 de julho e 04 de agosto, emitiu um comunicado há algumas semanas, no qual indicava que manteria a edição deste ano como programado, colocando apenas a hipótese de o “Boom não acontecer se as autoridades de saúde portuguesas o decretarem ou a situação global se deteriorar profundamente”.

No entanto, a organização do festival já preveniu os participantes de que, caso haja alterações, o evento passará para o verão de 2021.

Mais a Norte, o Barroselas Metalfest, que iria acontecer entre 29 de abril e 02 de maio, passou para a mesma data, mas em 2021.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).

Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

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