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Portugueses retidos em Moçambique pedem repatriamento

Portugueses retidos em Moçambique apelaram ao Governo português para que agilize o processo de repatriamento, uma vez que as fronteiras do país africano se encontram encerradas para voos comerciais devido à pandemia de covid-19.

À Lusa, Carlos Amaral, um dos portugueses retidos no país, afirmou que “toda a gente percebe a história do coronavírus”, mas alertou que há pessoas que “neste momento não têm dinheiro para viver, porque entregaram a casa que tinham, [ou] têm filhos”.

“Há muitas pessoas que não se manifestaram, mas que também querem, por alguma razão, ir para Lisboa. Alguns de férias, poucos, alguns que estão a regressar depois desta história da covid-19 e que reconheceram que não podem estar mais em Moçambique, porque é uma despesa muito grande – e há bastantes –, e depois há toda uma série de gente que tem ligações familiares aí” em Portugal, explicou Carlos Amaral.

“Estamos retidos pelo estado de emergência, porque não há voos, e tampouco se pode ir para Joanesburgo ou qualquer outro sítio porque as fronteiras estão fechadas”, acrescentou Carlos Amaral.

De acordo com o lesado, houve uma mobilização de um grupo de afetados, que entraram em contacto com o consulado-geral de Portugal em Maputo, mas as respostas não foram esclarecedoras e apontou às autoridades portuguesas uma “falta de sensibilidade para resolverem e trabalharem no problema”.

Contactado pela Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou que tem conhecimento da situação e que a embaixada em Maputo e os consulados-gerais de Portugal em Maputo e na Beira foram contactados “por cerca de 220 cidadãos portugueses, dos quais metade invocam motivos de força maior para regressar a Portugal”.

O departamento governamental apontou que houve um pedido “para a retoma dos voos regulares de passageiros pela TAP, com frequência semanal”, mas que esta não foi autorizada pelas autoridades moçambicanas “no contexto da prorrogação do estado de emergência”.

O Ministério concluiu referindo que reconhece as dificuldades “que esta situação acarreta para um conjunto alargado de cidadãos nacionais” e que, no plano bilateral, “têm sido desenvolvidas várias diligências ao nível consular, diplomático e no plano político” para “uma solução adequada no mais breve prazo possível”.

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