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Portugueses entre os melhores em universidade americana

Os diretores científicos do programa CMU Portugal, Rui Maranhão e Susana Sargento, terminaram a visita à universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, satisfeitos com a abertura dos investigadores em reforçar a colaboração na terceira fase do programa.

A comitiva portuguesa, que incluiu a diretora executiva Sílvia Castro e o responsável de educação João Fumega, deslocou-se aos Estados Unidos para relançar conexões e preparar o terreno para as avaliações das próximas candidaturas no âmbito do programa, que permite a alunos portugueses de doutoramento obterem graus duais entre instituições portuguesas e a Carnegie Mellon.

“Fiquei satisfeito em ver que há vontade e eles veem o programa como algo que também é benéfico para eles, e que os alunos que temos atraído para o programa estão entre os melhores que eles recebem”, disse à Lusa Rui Maranhão.

No que toca a projetos conjuntos, as candidaturas têm de envolver empresas em Portugal, duas unidades de investigação portuguesas e uma nos Estados Unidos. “É um programa que quer trazer as empresas e o financiamento privado para a investigação”, salientou Susana Sargento, sublinhando que “é importante estabelecer relações com mais pessoas” e perceber quais são as áreas em que estão a trabalhar e o que fará sentido propor.

A ligação entre as empresas e a investigação académica, que é forte nos Estados Unidos, começa a acontecer mais frequentemente em Portugal, “mas de forma tímida”, disse Rui Maranhão. “Há um caminho a trilhar, mas que é possível e dá para ver que esta nova geração tem vontade de colaborar”, afirmou, exemplificando com as empresas nascidas das fases anteriores do CMU Portugal.

“O nosso objetivo também é perceber para que lados científicos é que o programa pode ser levado e em que áreas se devem abrir propostas de projetos”, indicou Susana Sargento.

Algumas das ideias levantadas na visita espelharam a diversidade de áreas que podem ser trabalhadas pelo programa CMU Portugal, tais como a engenharia civil ligada aos sensores nos edifícios, pontes e outras infraestruturas. São inovações que permitem prever e analisar problemas e contribuir para a construção de cidades inteligentes, salientou Susana Sargento. Outra das áreas em foco, referiu, foi a das políticas públicas.

Além dos graus duais e dos projetos conjuntos, o CMU Portugal tem agora a terminar um programa de mobilidade que levou dez investigadores de Portugal para Pittsburgh durante dois a quatro meses cada. “O programa está a andar e agora cabe-nos tirar o máximo partido”, disse Rui Maranhão.

O CMU Portugal arrancou em 2006 fruto de uma parceria entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Universidade Carnegie Mellon.

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