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Portugueses da Alemanha consternados com atentado de Berlim

Polizeibeamte stehen am 19.12.2016 in der Nähe der Gedächtniskirche in Berlin vor einem Lastwagen. Bei einem möglichen Anschlag mit einem Lastwagen auf einem Weihnachtsmarkt sind nach Angaben der Feuerwehr mehrere Menschen getötet worden. Daneben gebe es mindestens 50 Verletzte, wie ein Feuerwehr-Sprecher der Deutschen Presse-Agentur in Berlin sagte. Foto: Arcangelo Nashmi/dpa +++(c) dpa - Bildfunk+++

Os conselheiros para as Comunidades Portuguesas na Alemanha condenaram hoje o ataque contra um mercado de Natal em Berlim na noite de segunda-feira, referindo que a comunidade portuguesa no país está “consternada” e “preocupada” com a tragédia.

“As pessoas estão muito consternadas por causa desta situação. Condenam este caso”, disse Alfredo Stoffel, conselheiro das Comunidades Portuguesas na Alemanha, das áreas de Düsseldorf, Hamburgo, Berlim e Varsóvia.

O conselheiro disse que o ataque, que matou 12 pessoas e feriu 48, “é mais um bocadinho de água no moinho da extrema-direita, que diz que a Alemanha está cada vez está mais insegura, que a política de refugiados da Merkel deu asneira”, acrescentando que o partido de direita radical Alternativa para a Alemanha (AFD) “faz de um caso isolado um contexto social que deve ser combatido”.

Stoffel afirmou que “este é um ato a ser condenado porque não se deve permitir que casos isolados de uma determinada religião ou comunidade, façam com que toda a sua comunidade se transforme em bode expiatório”.

O conselheiro considera importante que a informação distribuída seja “racional”, de forma a evitar o pânico e a insegurança.

Alfredo Stoffel disse ter notado um aumento de segurança durante a época do Natal, porque “este perigo estava latente, as pessoas falavam”, acrescentando que “a segurança foi aumentada em determinados mercados de Natal, e alguns mercados até contrataram seguranças privados”.

Por seu lado, Nelson Rodrigues, conselheiro das Comunidades Portuguesas na Alemanha pela área de Estugarda disse, à agência Lusa, que “a preocupação [da comunidade portuguesa] é muito grande”.

“As pessoas ficam preocupadas porque muitos participam ativamente, visitam esses mercados, ou associações que estão lá representadas, com gastronomia. Não só em mercados de Natal mas todos os eventos que vêm por aí. Quando um acontecimento destes é fresco, a preocupação é muito grande”, referiu.

O conselheiro afirmou que “a comunidade portuguesa é muito bem vista” na Alemanha, mas admitiu existir o risco de surgir “uma gaveta que se abre e onde se põe a imigração toda”, depois das autoridades terem anunciado a detenção de um paquistanês de 23 anos como suspeito do ataque.

Hoje de manhã, o chefe da polícia de Berlim, Klaus Kandt, admitiu “existirem dúvidas” sobre o envolvimento do detido suspeito de ter perpetrado o atentado contra um mercado de Natal, referindo que o suspeito de estar envolvido no atentado ao mercado de natal na capital alemã, pode ainda estar em fuga.

Na segunda-feira à noite, um camião abalroou uma multidão que se encontrava no mercado de Natal de Breitscheidplatz, na zona de Charlottenburg, na capital alemã, matando 12 pessoas e ferindo 48.

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