Portugal quer recordes e finais nos Mundiais de natação adaptada
Portugal apresenta-se nos Mundiais de natação adaptada, que começam no domingo no Funchal, com uma seleção de 10 atletas, entre os quais quatro estreantes e uma campeã e recordista europeia, com ambição de marcar presença em finais.
“Estamos à espera que os resultados sejam a realização da aposta que tem vindo a ser feita”, disse José Machado, diretor desportivo da Federação Portuguesa de Natação (FPN), à agência Lusa, admitindo o objetivo de “conseguir um número significativo de finais e resultados de destaque”.
O diretor desportivo da FPN refere ainda que a “obtenção de recorde pessoais, que, na maior parte dos casos, significa recordes nacionais é um objetivo transversal”.
José Machado considera que a presença de quatro nadadores estreantes em grandes competições – Jaime Catarino, João Campos, Ana Castro e Tomás Cordeiro – mostra “o processo de renovação” que está a ser feito na seleção e na modalidade.
“Vão ter oportunidade de competir ao mais alto nível, na maior competição da modalidade. Esperamos que aproveitem ao máximo e que obtenham bons resultados”, afirmou.
O responsável desportivo da FPN acredita que o regresso do público no Complexo de Piscinas do Funchal, onde a competição decorre até 18 de junho, “poderá funcionar com um fator motivador”, porque os nadadores “vão sentir-se apoiados” e “não pressionados”.
Aos quatro nadadores estreantes, juntam-se os paralímpicos Daniel Videira, Diogo Cancela, Ivo Rocha, Marco Meneses e Susana Veiga, e ainda Renata Pinto, medalhada nos Europeus de 2021.
Susana Veiga chega à competição pouco mais de um depois de ter conseguido, no Funchal, o título de campeã europeia dos 50 metros livres S9, distância na qual também é vice-campeã mundial, e a prata nos 100 metros livres S9.
A nadadora do Clube Vasco da Gama, que tem um encurtamento do fémur e falta de mobilidade na perna direita, estreou-se no ano passado, em Tóquio, nos Jogos Paralímpicos, mas competiu na classe S10, com atletas com menor grau de deficiência, porque a prova da sua categoria não integra o calendário paralímpico.
Nos Europeus disputados em maio de 2021, na Madeira, que foram a última prova de apuramento para os Jogos Paralímpicos Tóquio2020, Renata Pinto juntou-se a Susana Veiga, na conquista de medalhas, alcançando a prata na prova dos 100 metros bruços SB9.
Sem atletas russos e bielorrussos, impedidos de participar devido à invasão militar à Ucrânia, e sem a China, que optou por não participar devido à pandemia de covid-19, a competição vai juntar na Madeira 600 participantes, de 70 países, que competirão por 177 pódios.
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