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Portugal não é a Jamaica

© Pixabay

Que o BE tenha um problema com a autoridade do Estado é já de si ridículo. Que se repita em ataques às forças de segurança não tem perdão. A história do BE regista dezenas de juízos desprimorosos contra a PSP e a GNR.

Em compensação, não mostra um único exemplo de repúdio pelos inúmeros casos de violência contra agentes e guardas. Só no ano de 2017, um agente morreu e 269 foram feridos. Em outubro passado, um imigrante ilegal, suspeito do furto de bicicletas encontradas na casa onde pernoitava, fraturou o nariz a um agente da PSP, dentro de uma esquadra. Como é evidente, para o BE, o inverso seria racismo. Mas como o agredido foi o polícia, nem uma palavra.

Se se espera que o uso da força seja a última opção para quem é chamado a manter a ordem pública, também não se pode presumir ilegítima toda a força e racial a motivação, quando os envolvidos não sejam propriamente caucasianos. Não conhecendo os factos, ignorando as circunstâncias da recente atuação policial no Bairro da Jamaica, foi exatamente assim que a deputada do BE Joana Mortágua concluiu: “violência policial”. Sendo que a atitude do assessor do partido Mamadou Ba, insultando as forças de segurança de “bosta da bófia”, é simplesmente inqualificável e inominável. Não porque seja senegalês e tenha sido acolhido por Portugal, onde vive, como tantas outras pessoas de todo o Mundo. Antes, sim, porque trabalha no órgão de soberania Assembleia da República, pago pelo erário público, representando um Estado que tem nas forças de segurança e no respeito pelos seus agentes uma parte do que deve saber honrar.

Coerentemente, Mamadou Ba é a mesma pessoa que, animado por Catarina Martins, se desdobra em juízos de valor depreciativos sobre a história de Portugal, chamando à perspetiva histórica sobre os descobrimentos “nacionalismo bacoco que teima em se desfazer do mito da exceção lusitana no que toca ao passado esclavagista” e que se permitiu com ignorância o absurdo da acusação de racismo ao padre António Vieira, apesar de mestiço pelo lado materno, ter defendido os direitos dos índios e ter criticado a Inquisição, quando a temeridade poderia custar a vida.

Por estes dias temos assistido em Portugal a ataques a esquadras, arremesso de cocktails molotov, carros incendiados e caixotes do lixo destruídos. Não faltará no BE quem se alegre. Mas da próxima vez que os deputados e assessores do partido entrarem no Parlamento, olhem bem para os polícias à porta. Podem ter a certeza de que, mesmo se detestados pela extrema-esquerda, não lhes negarão segurança, no dia em que dela precisem.

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