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Portugal não deixa cair trabalhadores da Groundforce

O Governo português não deixará os trabalhadores da Groundforce “em má situação” se os salários de maio não forem assegurados, mas até lá essa é uma responsabilidade da Pasogal, avançou esta terça-feira o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

“Nós estamos conscientes do que pode acontecer no final do mês de maio. […] O que nós não queremos fazer neste momento é especulações sobre o futuro e facilitar a vida a quem tem responsabilidades neste momento. Ate lá, a Groundforce é controlada pelo acionista maioritário, que é a Pasogal e, portanto, é quem tem a responsabilidade de fazer face aos compromissos da empresa”, disse o ministro das Infraestruturas e da Habitação, que está a ser ouvido no parlamento, sobre o pedido de insolvência da SPdH/Groundforce por parte da TAP.

“[…] Na altura, estaremos cá, não deixaremos os trabalhadores em má situação”, acrescentou Pedro Nuno Santos.

Pedro Nuno Santos ressalvou, porém, que o Estado não pode ser responsável por “assegurar o emprego de todas as pessoas do país”, embora o caso da Groundforce seja diferente, pela participação que a TAP tem na empresa (49,9%).

Em comunicado, a Groundforce considerou que o pedido de insolvência apresentado pela TAP deixa a empresa em “total estrangulamento” e pode conduzir à sua rutura operacional, deitando por terra os esforços que têm sido feitos para a salvar.

O presidente do Conselho de Administração, Alfredo Casimiro, considerou que um processo de insolvência não só “não deixa tudo na mesma”, como deixa a Groundforce numa situação de “total estrangulamento”, tendo, por isso, escrito ao ministro das Infraestruturas e da Habitação para o sensibilizar “para o facto de esta decisão contribuir em muito para o agravamento da situação da empresa”.

O acionista maioritário da empresa de ‘handling’ (assistência em aeroportos) avisou que a rutura operacional poderá comprometer o pagamento dos salários de maio aos trabalhadores, até agora salvaguardado, “dificultar a operação de venda que se encontra em curso com diversos ‘players’ internacionais do setor”, bloquear o “acesso ao financiamento de curto prazo junto da banca, com especial ênfase para a Caixa Geral de Depósitos”, bem como prejudicar a TAP, “que, sendo simultaneamente acionista e credora, será a última entidade a receber o que lhe é devido após a insolvência”.

A TAP requereu, em 10 de maio, na “qualidade de credora”, a insolvência da Groundforce “junto dos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa”, justificando que o objetivo da ação passa por, “se tal for viável”, salvaguardar “a viabilidade e a sustentabilidade da mesma, assegurando a sua atividade operacional nos aeroportos portugueses”.

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