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Portugal aposta forte na Feira do Livro de Leipzig

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Adília Lopes, Mário de Carvalho e Raul Brandão são alguns dos autores propostos para publicação em alemão, no âmbito da próxima edição da Feira do Livro de Leipzig, que se realiza entre 18 e 21 de março de 2021.

De acordo com um comunicado do Camões – Centro Cultural Português em Berlim, estes são alguns dos 67 nomes de autores de língua portuguesa partilhados por editores portugueses e tradutores alemães, no âmbito da divulgação de autores portugueses na Alemanha.

“O Camões Berlim contactou especialistas em literatura, designadamente editores portugueses e tradutores alemães, desafiando-os a nomear autores de língua portuguesa que, na sua opinião, deveriam ser traduzidos e publicados em língua alemã”, pode ler-se no texto.

As obras em causa são, entre outras, “Jóquei”, de Matilde Campilho, “Passos Perdidos”, de Paulo Varela Gomes, “Poemas escolhidos”, de Pedro Mexia, “Estar vivo aleija”, de Ricardo Araújo Pereira, “O osso da borboleta”, de Rui Cardoso Martins, e “Gente melancolicamente louca”, de Teresa Veiga.

Foram também propostos os livros “Estuário”, de Lídia Jorge, “Eu sou a minha poesia”, de Maria Teresa Horta, “O gesto que fazemos para proteger a cabeça”, de Ana Margarida de Carvalho, “Eliete”, de Dulce Maria Cardoso, “Um bailarino na batalha”, de Hélia Correia, e “O que eu ouvi na barrica das maçãs”, de Mário de Carvalho.

Muitos outros autores portugueses foram sugeridos para a próxima edição da Feira do Livro de Leipzig, na qual Portugal participa desde 2016, como é o caso de Adília Lopes, Afonso Cruz, Afonso Reis Cabral, Ana Luísa Amaral, André Carrilho, Bruno Vieira Amaral, Djaimilia Pereira de Almeida, Golgona Anghel, H.G. Cancela, João Pinto Correia e João Tordo.

Entre os nomes da literatura portuguesa mais antigos, figuram os nomes de Agustina Bessa-Luís, Ferreira de Castro, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão, Maria Gabriela Llansol, Maria Judite de Carvalho, Teixeira-Gomes e Vergílio Ferreira.

Foram também apontados os nomes dos autores de língua portuguesa não portugueses Hilda Hilst (Brasil), Germano Almeida (Cabo Verde), Ondjaki e Pepetela (Angola), e Tony Tcheka (Guiné-Bissau).

As editoras que marcam presença na edição de 2021 da Feira do Livro de Leipzig são a D. Quixote, Cavalo de Ferro e Elsinore, Tinta-da-China, Caminho, Porto Editora, Abysmo, Relógio d’Água e Bertrand.

Num espaço de quatro anos, foram apresentados em Leipzig mais de 30 autores de língua portuguesa, de cinco países diferentes, contribuindo para um total de mais de 50 eventos literários, refere o instituto Camões Berlim.

A edição deste ano da Feira do Livro de Leipzig foi cancelada devido à pandemia de covid-19, que vai também condicionar a do próximo ano.

A Conselheira Cultural na Embaixada de Portugal na Alemanha, Ana Patrícia Severino, foi escolhida para comissariar a Feira Internacional do Livro de Leipzig 2021, que terá Portugal como convidado de honra e um novo enquadramento devido à covid-19.

O convite para que Portugal participasse como país convidado de honra na próxima edição, prevista para março de 2021, foi dirigido pela entidade organizadora da feira de Leipzig em 2017. Esta é a segunda maior feira do livro da Alemanha, depois da de Frankfurt, e uma das mais importantes na Europa.

Ana Patrícia Severino foi uma das responsáveis por levar, desde 2016, vários autores de língua portuguesa à Feira Internacional do Livro de Leipzig, entre eles Hélia Correia, João Tordo, David Machado, Alexandra Lucas Coelho, Raquel Nobre Guerra, Afonso Cruz, Ana Margarida de Carvalho, Joana Bértholo, Lucílio Manjate e José Eduardo Agualusa.

No ano passado, Portugal integrou no certame com dez autores, quase 400 títulos disponíveis e uma área de 48 metros quadrados, numa estratégia conjunta de várias entidades nacionais.

Na primeira participação, em 2016, Portugal ocupou uma área de 18m2, levando quatro autores, crescendo em 2019 para 48m2 e dez autores.

O objetivo, disse à Lusa Patrícia Severino no ano passado, é “dar um panorama geral daquilo que é a literatura de hoje em dia em Portugal, mas também um pouco daquilo que foi a literatura portuguesa ao longo da sua história.”

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