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Governo apoia português preso em Itália

O ministro dos Negócios Estrangeiros português garantiu todo o apoio ao jovem português acusado, em Itália, de ajuda à imigração ilegal, sublinhando que é preciso ter noção de que as suas ações “são inspiradas por razões humanitárias”.

Augusto Santos Silva comentava, à saída de uma reunião de chefes de diplomacia da União Europeia, no Luxemburgo, o caso de um jovem português, Miguel Duarte, que foi constituído arguido em Itália por ter integrado uma organização de resgate humanitário que operava no Mediterrâneo, o que o novo Governo ‘antissistema’ italiano considera um crime.

Recordando que “já aqui há uns meses” aconteceu um episódio semelhante na Grécia, “com uma jovem portuguesa que tinha também participado em operações humanitárias de resgate de migrantes em risco de vida no Mediterrâneo” e que foi “objeto de acusação num tribunal grego”, Santos Silva disse esperar que, tal como nesse processo – que “correu bem, a jovem foi ilibada” – também neste impere o bom senso.

O ministro disse que o processo está a ser acompanhado porque é direito de qualquer cidadão português beneficiar de apoio consular, “mas neste caso há outra razão: é preciso olhar com cuidado para tentativas de tratar como crimes ações que foram e são inspiradas por razões humanitárias”.

“Portanto, as pessoas que salvam no Mediterrâneo da morte dezenas e dezenas de pessoas devem ser respeitadas por isso, mesmo que, involuntariamente, estejam a ser, na prática, cúmplices de imigração ilegal ou tráfico de pessoas. É preciso termos a noção suficiente das coisas e o respeito suficiente pelas ações humanitárias das pessoas para que possamos chegar a decisões que sejam justas”, disse.

“Portanto, acompanharemos com cuidado esse processo e outros semelhantes”, garantiu.

A campanha de ‘crowdfunding’ para apoiar a defesa de Miguel Duarte já conseguiu mais que duplicar o objetivo.

A 26 dias do prazo final, a campanha lançada pela plataforma HuBB – Humans Before Borders, que pretendia angariar 10 mil euros para apoiar a defesa do estudante português, tinha angariado  25.240 euros doados por 1.389 apoiantes, através da página de financiamento colaborativo PPL.

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