Portugal afastado do Mundial com golo a 14 segundos do fim
O sonho português da revalidação do título no Mundial de futsal ‘caiu’ a 14 segundos do final do tempo regulamentar do encontro dos ‘oitavos’ com o Cazaquistão, a ‘vingar’ 2021 com um triunfo por 2-1.
Dauren Tursagulov foi o ‘herói’ cazaque quando já se aguardava o prolongamento num Complexo Universal de Desportos Andijan repleto de adeptos do ‘vizinho’ Cazaquistão, que se adiantou por Chingiz Yessemanov (11), com Zicky Té ainda a igualar o jogo (21).
Foi mais uma surpresa neste Mundial, embora menos inesperada, com o campeão do mundo a cair numa fase ainda precoce da competição, perante um Cazaquistão que é também candidato e que aguarda agora por Argentina ou Croácia nos quartos de final.
Como se esperava, o jogo de ‘cartaz’ dos oitavos de final iniciou desde logo a um ritmo alucinante, entre duas grandes seleções que se procuravam surpreender uma à outra, com Erick Mendonça e Tomás Paçó a disporem das primeiras situações de real perigo.
A segunda tentativa de Tomás Paçó é uma fantástica estirada de Léo Higuita, aos sete, guarda-redes que Portugal tentou condicionar nas suas sempre perigosas subidas ao ataque, tendo feito apenas um remate, à figura de Edu Sousa, aos 10 minutos de jogo.
Esse ‘disparo’ antecedeu o golo do Cazaquistão, aos 11, com Chingiz Yessenamanov a atirar de primeira e colocado em zona frontal, também já depois de uma ameaça de Douglas Júnior, para os cazaques, e de um desperdício inacreditável de André Coelho.
Em desvantagem pela primeira vez neste Mundial, a equipa das ‘quinas’ assumiu logo as despesas do duelo e chegou ao intervalo com mais do dobro das tentativas de golo, destacando-se dois lances, de Zicky Té e Afonso Jesus, travados pelo ‘gigante’ Higuita.
Não foi à primeira, foi à segunda que o calcanhar ‘mágico’ de Zicky Té fez estragos: aos primeiros segundos da etapa complementar, Bruno Coelho rematou num livre direto e Zicky Té colocou o pé no sítio certo para desviar e enganar Léo Higuita para a igualdade.
Portugal reentrou determinado em inverter o rumo dos acontecimentos e ficou muito perto da reviravolta no minuto seguinte, num remate de Pany Varela que Léo Higuita defendeu contra Bruno Coelho, que quase introduziu a bola na baliza contrária.
Após bom trabalho de Zicky Té, Tomás Paçó ‘disparou’ à malha lateral, aos 27, com uma resposta perigosíssima do Cazaquistão, em que valeu o enorme reflexo de Edu Sousa, a deixar a perna para trás depois de um desvio português ao remate de Akzhol Daribay.
O segundo tempo foi mais tático, sem grandes riscos tomados, com tímidas investidas de Léo Higuita em terrenos adiantados, mas enorme entre os postes, com uma grande defesa perante Fábio Cecílio, aos 35, vendo logo depois Lúcio Rocha disparar por cima.
Chingiz Yessenamanov respondeu com um ‘disparo’ potente em cheio no poste direito da baliza de Edu Sousa, aos 36, e, quando a fadiga parecia começar a apoderar-se dos cazaques, Dauren Tursagulov fez ‘cair por terra’ o sonho luso, a 14 segundos do final.