Pauliteiros de Miranda são Património Cultural Imaterial

As danças rituais dos Pauliteiros de Miranda foram oficialmente reconhecidas como Património Cultural Imaterial, entrando no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), anunciou o Instituto Público Património Cultural.
Esta distinção reconhece uma das mais antigas e emblemáticas tradições mirandesas, praticada nas festas tradicionais de Miranda do Douro. Com raízes profundas na identidade e na cultura da região, os Pauliteiros têm resistido ao passar do tempo como expressão viva da herança coletiva local.
A presidente do Município de Miranda do Douro, Helena Barril, expressou o orgulho da comunidade e destacou que o objetivo agora é ir mais longe, avançando com a candidatura à UNESCO para que esta tradição ancestral seja também reconhecida como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
São oito as festas em que as danças rituais mirandesas marcam presença, sendo as mais conhecidas a Festa dos Moços ou S. João Evangelista (Constantim). Atualmente, os Pauliteiros de Miranda são uma das principais atracções do nordeste transmontano. Tem uma contribuição fundamental na divulgação desta dança tão particular que faz parte da cultura e tradição das Terras de Miranda.
Os grupos de pauliteiros integram um gaiteiro, um tocador de caixa e um tocador de bombo. Na aldeia de Constantim junta-se-lhes um tamborileiro ou tamboriteiro, como é designado em Miranda. Para 2026, após as eleições autárquicas, ficará a candidatura à UNESCO. “É isso que queremos, sabendo que será um processo muito rigoroso e exigente, para o qual é preciso mobilizar influências. Mas temos tido apoio, inclusivamente a nível internacional, para avançar nesse sentido”, concluiu Helena Barril.