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Papa quer consagrar o direito de migrar

O Papa vai dedicar a mensagem do 109.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, marcado para 24 de setembro, ao direito de “migrar ou permanecer” na própria terra, anunciou o Vaticano.

O objetivo, refere um comunicado divulgado online, é promover “uma renovada reflexão sobre um direito ainda não codificado a nível internacional: o direito a não ter de emigrar ou, por outras palavras, o direito a poder permanecer na própria terra”.

A celebração anual, promovida pela Igreja Católica, tem como tema ‘Livres para escolher migrar ou permanecer’.

“A natureza forçada de muitos fluxos migratórios atuais impõe uma atenta consideração das causas das migrações contemporâneas. O direito a permanecer é anterior, mais profundo e mais amplo do que o direito a emigrar”, adianta o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

O organismo da Santa Sé fala no direito a “participar no bem comum” ou a “viver com dignidade e o acesso a um desenvolvimento sustentável”.

“Direitos esses que deveriam estar efetivamente garantidos nas nações de proveniência através dum real exercício de corresponsabilidade por parte da comunidade internacional”, acrescenta o comunicado.

O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral vai lançar uma campanha de comunicação, através das plataformas digitais, “destinada a favorecer uma compreensão profunda do tema da mensagem através de subsídios multimédia, material informativo e reflexões teológicas”.

O mesmo organismo lançou, a 7 de março, as “orientações para um secretariado diocesano/nacional da pastoral da mobilidade humana”.

O documento “surge como resposta a um pedido explícito de numerosas conferências episcopais e dioceses interessadas em desenvolver uma pastoral migratória à altura dos desafios contemporâneos”, indica a Santa Sé.

As orientações visam o cuidado pastoral dos migrantes, refugiados, deslocados e vítimas de tráfico de seres humanos, apresentando “princípios operacionais gerais e um ‘modus operandi’ preciso para a implementação e o desenvolvimento do apostolado específico no âmbito migratório”.

Segundo o Vaticano, a pastoral da mobilidade humana deve “demonstrar uma proximidade particular aos migrantes em situação de grande fragilidade, como por exemplo os migrantes irregulares e as vítimas do tráfico de seres humanos, das guerras, do racismo e da xenofobia”.

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