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Papa Francisco: a pandemia agravou as desigualdades

O Papa disse hoje no Vaticano que a pandemia agravou as desigualdades que já existiam, num alerta lançado durante uma audiência a novos embaixadores de dez países junto da Santa Sé.

“Mesmo antes da pandemia da Covid-19, era claro que 2020 seria um ano caraterizado por urgentes necessidades humanitárias, devido a conflitos, violência e terrorismo em várias partes do mundo”, destacou Francisco.

Num discurso divulgado pelo Vaticano, o Papa declarou que as crises económicas estão a causar “fome e migrações de massa, enquanto as alterações climáticas aumentam o risco de desastres naturais, penúrias e secas”.

“Agora, a pandemia está a agravar as desigualdades já presentes nas nossas sociedades; de facto, os pobres e os mais vulneráveis dos nossos irmãos e irmãs correm o risco de ser negligenciados”, alertou.

O Papa recebeu as credenciais dos embaixadores da Jordânia, Cazaquistão, Zâmbia, Mauritânia, Uzbequistão, Madagáscar, Estónia, Ruanda, Dinamarca e Índia.

“Hoje, talvez mais do que nunca, o nosso mundo cada vez mais globalizado requer urgentemente um diálogo e uma colaboração sinceros e respeitosos, capazes de unir-nos ao enfrentar as graves ameaças que recaem sobre o nosso planeta e hipotecam o futuro das jovens gerações”, apelou.

Já esta quinta-feira, numa mensagem pelo 23.º Dia da Pastoral Social na Argentina, Francisco apelou à “amizade social”, tema central na sua última encíclica, ‘Fratelli Tutti’.

“Olhando como vai o mundo, guerras para todo lado, estamos a viver a Terceira Guerra Mundial em pedaços”, alertou.

“Se houver amizade social, não haverá guerras ou necessidades de qualquer tipo, e nenhuma educação que não funcione bem. Não nos esqueçamos dos dois grandes inimigos: as ideologias que querem tomar posse da experiência vivida de um povo e as paixões, que são sempre como um rolo compressor”, acrescentou.

 

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