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Pandemia não dá tréguas ao continente africano

O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) alertou esta quinta-feira que a pandemia “acelerou e está a aumentar rapidamente”, defendendo a utilização permanente de máscaras em espaços públicos.

“A pandemia acelerou e está a aumentar rapidamente, por isso precisamos de aplicar as medidas de distanciamento social conforme recomendado pelas autoridades de saúde, já que não temos vacina nem cura para a covid-19”, disse John Nkengasong durante a conferência de imprensa semanal do África CDC.

Na última semana, o continente africano “registou um aumento de 23% nos novos casos, que se traduz em 119 mil casos reportados e uma média de 17 mil casos diários, o que compara com os 14 mil casos diários na semana anterior”, disse John Nkengasong.

“Não podemos ficar em confinamento para sempre, temos de ir para a rua e combater o vírus, mas com segurança, e temos linhas orientadoras sobre como fazer isso, e uma delas é a utilização de máscaras sempre que as pessoas estão em espaços públicos”, acrescentou o responsável.

Na conferência de imprensa, o responsável defendeu também que as escolas têm de abrir para o próximo ano letivo, mas alertou que isso tem de ser feito de forma segura e ser analisada caso a caso.

“As escolas são parte da sociedade, não podemos manter as crianças fora da escola para sempre, temos de abrir as escolas de forma progressiva e segura, seguindo as recomendações que estão disponíveis”, vincou o diretor do África CDC, salientando que “a decisão tem de ser tomada por cada país mediante as condições específicas”.

Sobre as vacinas, John Nkengasong salientou a necessidade de haver uma coordenação continental e evitar que cada país tente obter uma vacina por si próprio.

“Queremos coordenar a questão das vacinas a nível continental, e não que um laboratório aborde um país a propor uma vacina, o África CDC e a União Africana estão muito empenhados em posicionar o continente na vanguarda dos ensaios e da pesquisa, já estamos em conversações com empresas de produção de vacinas em África para termos um papel ativo no desenvolvimento, distribuição e administração das vacinas e não esperar que sejam desenvolvidas e depois distribuídas aqui”, concluiu.

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