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Países lusófonos debatem crise climática

A energia e a crise climática são duas das “bandeiras” de um fórum que vai ser apresentado, na sexta-feira, em Portalegre, constituído por pessoas de todas as nações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O Fórum da Energia e Clima, que visa a promoção de um “abraço fraterno” da língua portuguesa na luta contra a crise climática, vai realizar a sua sessão fundacional no campus do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP).

“Fomos criando uma rede em 2019 e, depois de conseguirmos reunir representações de todos os países da CPLP, criamos esta entidade. Todos nós temos profissões diversas e idades diferentes, com uma preocupação em comum”, explicou à agência Lusa o presidente do Fórum da Energia e Clima, Ricardo Campos.

A iniciativa decorre naquela cidade do Alto Alentejo como forma de “agradecimento” ao IPP, que tem demonstrado, segundo a organização, “uma grande sensibilidade” para as questões relacionadas com a economia circular e as alterações climáticas.

“Mesmo o Alentejo é uma região muito comprometida com os objetivos da neutralidade carbónica. Do ponto de vista das energias, o Alentejo é uma das regiões mais competitivas do mundo para a energia solar”, acrescentou.

Ao promover a sessão fundacional em Portalegre, o Fórum da Energia e Clima espera também “contrariar” as assimetrias que foram criadas ao longo dos anos, passando a mensagem de que “as coisas não devem estar concentradas” apenas nos grandes centros urbanos.

Ricardo Campos explicou que o encontro, com a participação de diversas personalidades, servirá também para “mobilizar as gerações mais jovens” para as questões relacionadas com a crise climática.

“Nós temos o objetivo de ir junto da sociedade civil de cada um destes países envolvidos, em parceria, reforçando os laços da CPLP, para despertar a consciência das pessoas, principalmente dos mais jovens”, disse.

No final da iniciativa, terá lugar a plantação de uma pequena floresta urbana por pessoas de 45 nacionalidades, que simbolizarão a “importância da união” entre os povos na luta pela “vitória” na crise climática.

Ao mesmo tempo, a música de língua portuguesa irá também fazer parte deste encontro, estando prevista a atuação de vários artistas pertencentes à CPLP.

Além desta ação, a equipa que forma o Fórum da Energia e Clima está a desenvolver um conjunto de projetos de informação, educação e investigação nos vários países da CPLP.

Destes, destaca-se o “Projeto Guardiões”, que envolve a mobilização dos mais jovens para se tornarem “Guardiões da Vida”, na luta contra a crise climática.

“É um projeto de sensibilização junto dos mais novos, junto das suas famílias e comunidade para fazer passar esta sensibilidade para as questões das alterações climáticas”, explicou.

Já o “Projeto Otchiva”, que decorre em Angola (nas províncias do Zaire, Cabinda, Bengo, Benguela, Kwanza Sul e Luanda), conta com o envolvimento de mais de mil voluntários, esperando os responsáveis expandi-lo ainda este ano para Portugal e Moçambique.

“É um projeto em que se está a fazer a recuperação de zonas húmidas através de ações de replantação. A ideia é estender este projeto, ainda no primeiro semestre deste ano, a Portugal e Moçambique”, disse.

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