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Os melhores Surdolímpicos de sempre para Portugal

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Os resultados alcançados por Portugal nos Jogos Surdolímpicos Caxias do Sul2021, os melhores de sempre, são a prova de que o trabalho, a preparação e os apoios compensam, considerou o diretor executivo da missão lusa, Tiago Carvalho.

“Estes excelentes resultados comprovam que o trabalho feito pelos atletas, pelas federações e pelo Comité Paralímpico de Portugal (CPP), o aumento dos apoios e dos financiamentos trazem resultados”, disse Tiago Carvalho (na foto).

Portugal fechou este domingo a melhor participação de sempre em Jogos Surdolímpicos, competição que decorreu em Caxias do Sul, no Brasil, com quatro medalhas – duas de ouro e duas de bronze – e 12 diplomas.

Com uma representação de 12 atletas que competiram em seis modalidades, Portugal igualou, em Caxias do Sul, em termos numéricos a participação nos Jogos Taipé2009, nos quais conquistou quatro medalhas, mas, com uma comitiva mais pequena, conseguiu mais diplomas e presenças em finais.

Tiago Carvalho elege o ciclismo, onde André Soares conseguiu uma medalha de ouro e uma de bronze, como “a grande surpresa” e destacou também os bons resultados conseguidos na natação, modalidade na qual Portugal “conseguiu marcar presença em várias finais”.

O diretor executivo da missão aos Jogos Surdolímpicos Caxias do Sul, que decorreram entre 01 de maio e hoje, enalteceu, naturalmente, o ouro conseguido pela judoca Joana Santos, e o bronze de Hugo Passo, na luta greco-romana, lembrando que ambos “já tinham história na competição.

O responsável pela missão portuguesa aos Jogos Surdolímpicos considera que os resultados são “um estímulo para os atletas, e para que novos atletas com deficiência auditiva comecem a praticar desporto”, admitindo que necessidade de “renovação premente” ao nível de praticantes.

O diretor executivo da missão aos Jogos Surdolímpicos, e vice-presidente do CPP, considera que a maior divulgação, devido aos bons resultados, “permitiu atingir mais público e faz com que mais pessoas queiram seguir o exemplo destes atletas”.

“É de extrema importância que haja um crescimento em número de atletas, e isso deve ser conseguido através da potencialização do exemplo e do atingir do alto nível competitivo”, afirmou.

Tiago Carvalho referiu que a “valorização do apoio à preparação tem sido extremamente importante e necessária”, mas lembrou que os atletas surdolímpicos ainda não têm contratos plurianuais nem prémios de mérito, equiparados a olímpicos e paralímpicos.

Os atletas da dimensão surdolímpica têm bolsas de preparação semelhantes às atribuídas a olímpicos e paralímpicos, mas os prémios de mérito, atribuídos pela conquista de medalhas, ainda não são equivalentes.

De acordo com Tiago Carvalho, uma medalha de ouro conseguida em Jogos Paralímpicos vale um prémio de mérito de 50.000 euros, enquanto uma equivalente conseguida em Jogos Surdolímpicos “rende” 10.000 euros.

As quatro medalhas conquistadas em Caxias do Sul, que acolheu os Jogos seis meses depois do previsto, devido à pandemia de covid-19, aumentam de 13 para 17 o pecúlio conseguido desde 1993, o ano da estreia lusa na competição.

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