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Orçamento de Estado: Costa recusa demissão

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta terça-feira que o seu dever e o do Governo é “não virar as costas” ao país num momento difícil, garantindo que não se irá demitir.

No arranque do debate na generalidade do Orçamento do Estado, o presidente do PSD, Rui Rio, questionou Costa porque não se demitia face ao anunciado chumbo do documento.

Na resposta, o primeiro-ministro reconheceu ao parlamento competência para aprovar ou não o documento e ao Presidente da República “toda a legitimidade” para decidir sobre “a dissolução ou não” da Assembleia da República.

“Mas o Governo também tem o dever de interpretar qual é o seu dever perante o nosso país e os portugueses. E sobre isso não tenho a menor dúvida: o dever do Governo, o meu dever, não é virar as costas num momento de dificuldades, é enfrentar as dificuldades e por isso eu não me demito”, assegurou.

No debate com Costa, Rio tinha salientando que o país terá um Plano de Recuperação e Resiliência para executar, “com um tempo muito limitado”, e a economia para desenvolver, num quadro de inflação a subir na Europa e nos Estados Unidos.

“Temos a coligação parlamentar que o apoiou que faliu e temos o Presidente da República a dizer o óbvio, é que não havendo orçamento, temos que ir para eleições e para eleições o mais depressa possível”, apontou.

Perante este cenário, o líder do PSD perguntou – e respondeu – como é que o primeiro-ministro mantinha “a lógica de não se demitir”.

“A minha resposta é esta: está tão agarrado ao lugar que nem sequer consegue ver o que todo o Portugal está já, neste momento, a ver”, criticou Rio.

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