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Obesidade, um problema que ganha peso junto do Governo português

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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendeu esta semana que “é urgente uma ação” em relação à prevenção e ao tratamento da obesidade, depois de admitir que as estatísticas nacionais têm vindo a piorar nesta matéria.

“Admito que estamos a piorar os nossos resultados ou as nossas estatísticas e que, portanto, é urgente uma ação. Não só relativamente à promoção da saúde e à prevenção da obesidade, mas também ao tratamento, que tem não só uma componente medicamentosa, mas tem também uma componente cirúrgica”, sublinhou.

À margem da cerimónia de assinatura pública dos memorandos de entendimento para a implementação do programa “Be a Mom” no Serviço Nacional de Saúde, que decorreu em Coimbra, Ana Paula Martins admitiu que é necessário “fazer muito mais” do que foi feito até agora.

“Consideramos que a obesidade é efetivamente um programa prioritário e que uma grande parte, não toda, mas uma grande parte daquilo que pode ser feito, para minimizar aquele que é um dos maiores fatores de risco das doenças crónicas, é de facto a prevenção”, alegou.

Especialistas defendem a comparticipação de medicamentos específicos para tratar a obesidade e, para melhorar o acesso a consultas e tratamentos, pedem uma adaptação dos modelos de incentivo e contratualização nos hospitais e centros de saúde.

Em declarações à Lusa no dia em que a Assembleia da República acolhe uma conferência para debater as soluções para agilizar o acesso a consultas e tratamentos, a presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) lembrou que, 20 anos depois de Portugal considerar a obesidade uma doença crónica, “muito pouca coisa foi feita”.

“É preciso tomar medidas. Há todo um processo assistencial integrado de obesidade que é preciso pôr em prática”, disse Paula Freitas, referindo que é preciso aumentar o acesso.

Em Coimbra, a ministra da Saúde aproveitou ainda para evidenciar aos jornalistas que voltaram a ser comparticipados dois fármacos para desabituação tabágica.

“Um deles, inclusive, é considerado um fármaco inovador, mais caro, mas que não quisemos deixar de comparticipar porque entendemos que é fundamental dar este apoio aos que querem deixar de fumar”, referiu.

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