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Ó tu…

Porque sou a louca que não entendes,
porque sou as ondas fortes do mar
que não sentes,
porque sou a brisa leve
que não passa por ti,
Porque sou o brilho de uma noite
estrelada que não vês…
Porque sou um mundo de igualdades,
mas principalmente de diferenças,
que te passam ao lado…
Que não entendes, jamais entenderás…

Pois tudo o que foge do padrão,
tudo o que é diferente, causa impacto,
e grande parte das vezes
um impacto negativo…
Porquê?
Porque gostamos de explicar tudo,
de compreender tudo…

E hoje eu sei, que sou irremediavelmente incompreensível…
E hoje eu sei, que já não me sinto
como algo negativo…
E hoje, hoje eu sei, que sou um ser único
e individual como cada um
que se cruza comigo…
E tu, tu que não me compreendes,
não compreendes as minhas dores…
Tu, tu que não compreendes nem aceitas
as minhas diferenças…
E tu, tu que te achas tão único
e me dizes ser única,
não percebes nada de diferenças…
Tu que me queres,
e queres a meu lado percorrer
o caminho da vida…

Ó tu…

Compreende em poucas palavras,
que as diferenças nem sempre são negativas… bem pelo contrário.
Ó tu,
tenta sentir o impacto da natureza
sem o tentares compreender,
pois nem todos os fenómenos
são compreendidos…
E quando achares que sou a única pessoa à face da Terra a ter este ou aquele gosto meio estranho, a ter esta ou aquela reação fora do padrão,…
Lembra te:

Eu sou a louca que vive intensamente,
eu sou a pacífica que quer paz,
eu sou a Mulher livre
que sem liberdade não vive…
Eu sou o tempo e o espaço
a que me dedico e dedico a quem amo…
E a cima de tudo, e por mais
incompreensível que te pareça…
Eu sou a EXCEPÇÃO à regra padronizada
num mundo de robôs programados.
Não tenho botões que me comandem,
não tenho um play e um pausa,
nem um volta atrás ou repeat…

Tenho necessidades vitais,
entre elas a minha liberdade,
o meu espaço e tempo de solidão,
de reflexão, sem eles sinto me programada, sem eles vivo mas não existo…
Por isso deles não prescindo.
Por isso prefiro ser a excepção,
por isso prefiro viver à minha maneira,
sem na verdade me importar
com julgamentos alheios…

Vivo existindo,
e se vivo e não existo,
prefiro não viver.

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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