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O lítio não serve apenas para as baterias de telemóveis

Cientistas britânicos encontraram uma relação entre áreas geográficas com água potável pública com altos níveis de lítio e menores taxas de suicídios. Uma equipa de cientistas britânicos propôs uma ideia inovadora para prevenir suicídios: adicionar lítio à água potável da população. A conclusão deriva de um novo estudo publicado recentemente na revista científica British Journal of Psychiatry, que encontrou uma forte relação entre áreas geográficas com altos níveis de lítio na água potável pública e menores taxas de suicídio.

“É promissor que níveis mais elevados de vestígios de lítio na água potável possam exercer um efeito anti-suicida e ter o potencial de melhorar a saúde mental da comunidade”, diz o autor principal do estudo, Anjum Memon, num comunicado de imprensa.

O isolamento e o stress económico causados pela covid-19 podem levar a um aumento de suicídios nesta altura de pandemia.

“Nestes tempos sem precedentes da pandemia de covid-19 e o consequente aumento da incidência de problemas da saúde mental, descobrir maneiras de melhorar a saúde mental da comunidade e reduzir a incidência de ansiedade, depressão e suicídio é cada vez mais importante”, acrescentou Memon, coordenador de epidemiologia na Brighton and Sussex Medical School.

O estudo é resultado de uma meta-análise de três décadas de investigação em vários países. Os cientistas sugerem que as capacidades de “proteção” do lítio podem ser testadas no abastecimento de água em comunidades com alta prevalência de condições de saúde mental e risco de suicídio.

“Lítio na água potável pode ter o potencial de reduzir o risco de suicídio e pode possivelmente ajudar na estabilização do humor, particularmente em populações com taxas de suicídio relativamente altas e áreas geográficas com uma faixa maior de concentração de lítio na água potável”, escrevem os investigadores.

Os cientistas ainda não percebem ainda como é que o lítio pode alterar o humor, mas suspeitam que estimule o crescimento de células nervosas.

Ainda assim, a quantidade de lítio ingerida através da chamada água da torneira é muito menor do que aquela consumida em alimentos e água mineral. Nos Estados Unidos, a ingestão média diária de lítio proveniente de alimentos varia entre 650 e 3.100 microgramas.

Devido às suas propriedades eletrocondutoras, o lítio tem sido usado como componente em baterias e telemóveis.

 

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