A compra do SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) pelo Governo, não deixa de ser um elemento mais onde o Primeiro Ministro, António Costa, é exímio: ser de olhão. Deitar o olho e desenvolver a cena a pensar no calendário político.
É realmente de olhão.
Sendo improvável, acredita(mos), estar regularmente a acontecer tragédias iguais aos dois últimos anos, Costa pensa em capitalizar para as eleições que aí vêm. Nesse cenário vai poder dizer – agora sim, o SIRESP funciona!
Se não há fogos sem fumo é que eu já não sei.
Eduardo Cabrita (Ministro da Administração interna) diz que a aquisição total do SIRESP permite, por fim, aos portugueses confiarem no Sistema, adiantando que o investimento feito nos últimos tempos permitiu que o SIRESP tivesse funcionado em 2018 quando outros falharam.
Algumas vozes não garantem a total e eficaz compra do SIRESP envolta num ambiente cinzento até porque a PPP (Parceria Público-Privada) só termina daqui a dois anos. Pelo que não é líquido que o interesse público seja completamente observado.
O signatário é totalmente a favor da compra do SIRESP por entender que serviços desta natureza não podem ser objecto de lucros.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)