Num parque infantil, onde viviam várias áreas de jogo, existia um escorrega vermelho. Muitos dos que frequentavam aquele espaço, usavam e divertiam-se bastante, descendo o tal escorrega. No outro dia, onde o sol brilhava bastante, uma criança ria de felicidade, enquanto subia e descia no baloiço, que se situava no outro lado do parque infantil. O escorrega ficou cheio de ciúmes e decidiu que, a partir daquele momento, já não queria ser escorrega. Iria ser baloiço!
E assim foi. Dali em diante já ninguém “escorregava” naquele lado do parque infantil, mas também não baloiçava, pois não se baloiça num escorrega.
Passados alguns dias após a decisão de querer ser o que não era, houve uma grande tempestade que danificou todo o parque infantil. O baloiço perdeu uma das suas cordas e o escorrega partiu-se ao meio.
O pobre baloiço ficou descontente por já não poder cumprir a sua função. O escorrega olhava para o baloiço, desolado. Ficou muito triste por tentar ser aquilo que não era e por não poder ajudar o seu companheiro.
Quando acabou a tempestade, as crianças que vinham ao parque, não puderam brincar em todas as áreas de jogo. Quando se dirigiram para o escorrega, este teve uma decisão difícil. Teve de perceber que cada um é como é e cada um tem a sua importância. Uns nascem escorregas e outros baloiços e não devemos tentar ser o que não somos.
Simplesmente porque, ainda bem que assim o é.