O amor é coisa séria.
Não pode haver enganos nem dúvidas.
Deve seguir-se
a direcção, o destino, certos
que saibamos para onde vamos e como vamos
a direcção, o destino, devem ser os exactos.
O amor não deve ter escolhos
quando pezunhamos o destino, o caminho.
A seriedade do amor, do que se ama
e quando mas quanto se ama é, realmente, coisa séria.
Nas bermas do caminho, onde escalvamos e caminhamos
na linha central dele – desse caminho
há canteiros de emaranhados de flores belas lindas
mas sem ordem nem ordenados.
São bouquets de antúrios coloridos,
orquídeas verdes e em verde, mais tulipas amarelas
até que caminhamos, sobrepomos os pés sobre engulhos
que ferem o calcanhar:
Principalmente o calcanhar daqueles,
nus descalços gretados.
Mário Adão Magalhães
2020/08/24
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)