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O absurdo no Parlamento Europeu

Votei a favor da proposta da Comissão Europeia para a atribuição de uma ajuda de emergência à Ucrânia, no valor de 1.200 milhões de euros.

O resultado foi de 598 votos a favor, 55 contra e 41 abstenções.

Os eurodeputados do PCP Pimenta Lopes e Sandra Pereira votaram contra esta ajuda e os eurodeputados do BE Marisa Matias e José Gusmão abstiveram-se.

Para justificar o absurdo, o eurodeputado do BE, José Gusmão, argumentou que se opõe “às condições associadas a essa assistência, que constituem uma agenda política destrutiva, ao arrepio das deliberações democráticas destes países”.

Quais são então as condições associadas para que a Ucrânia beneficie desta ajuda da UE? São o respeito pelos mecanismos democráticos efetivos – nomeadamente um sistema parlamentar pluripartidário e o Estado de direito – e o respeito pelos direitos humanos (art. 2.o da proposta).

Ou seja, o BE absteve-se na ajuda financeira à Ucrânia, porque o respeito pela democracia e os direitos do Homem são enquadrados no que o eurodeputado bloquista considera “uma agenda política destrutiva”.

Pelo caminho e em Portugal, Catarina Martins bate no peito pela Ucrânia. Um partido, dois sistemas…

Cada um que pense no melhor adjectivo qualificativo para um comportamento assim.

Nuno Melo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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