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Novas empresas ribatejanas passam por dificuldades

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A NERSANT, associação empresarial do Ribatejo e que mais empresas ajuda a criar – uma média de 90 a 100 por ano – tem estado a apoiar em termos informativos e técnicos, estas startups.De momento, acompanha cerca de 300 empresas e decidiu proceder à realização de um inquérito para poder monitorizar a situação que estão a viver e perspetivar propostas de soluções para que estas empresas não sejam esquecidas, dada a sua fragilidade por terem “nascido” muito recentemente.

O inquérito abrangeu 294 empresas, tendo obtido resposta de 56 destas.

Cerca de 91% das empresas responderam que registaram quedas na faturação. Destas, 75% terão tido quedas superiores a 70%.

Quando se questiona relativamente à atividade da empresa, 57,14% afirma que suspendeu a atividade e em 23,81% houve uma suspensão parcial.

No que diz respeito ao recurso às linhas de crédito, 76,74% não equaciona esta solução, enquanto que 9,3% já recorreu. Daqui se pode deduzir que a fragilidade das empresas é grande, podendo estar a haver alguma relutância em correr mais riscos, num momento de grande incerteza.

Quando instados a pronunciarem-se se irão recorrer às moratórias, 72,09% afirma que não, enquanto que os restantes ou já recorreu ou vai recorrer nos próximos dias. Estes dados são muito preocupantes, pois podemos estar perante uma perceção pouco objetiva do momento que se está a viver e o tempo que vai demorar a recuperar e normalizar a economia.

Sobre o recurso ao lay-off simplificado, 90,48% não o vai requerer. É natural este número, pois a generalidade das empresas têm poucos recursos humanos na empresa, sendo que na sua maioria o sócio-gerente é o único trabalhador. Deste modo, como as medidas aprovadas até hoje não preveem o apoio aos gerentes/administradores, estes empreendedores estão completamente desprotegidos e poderão originar situações muito graves nestas pessoas, por falta de proteção na eventualidade de continuarem sem faturar ou se tiverem que encerrar as suas empresas.

O inquérito também procurou compreender como estava a procura, tendo obtido as seguintes respostas: redução muito forte e forte em 86,11%. Quando se pretende conhecer a expetativa sobre a procura futura, os resultados são iguais: redução muito forte ou forte para 86,11% dos inquiridos.

Em termos de tesouraria neste momento, o impacto é considerado Muito Forte e Forte para 85,72% dos empreendedores. Quando questionados sobre o impacto esperado no futuro próximo, esta é Muito Forte para 66,67% e Forte para 21,43%.

 

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