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“Nem Trump, nem Putin!”. Volt lança petição para criar exército europeu

© Marteen Wolterink

O partido pan-europeu Volt, está a divulgar uma petição europeia para unir as forças armadas da União Europeia, com a criação de uma União de Defesa. A iniciativa tem como objetivo chegar ao Parlamento Europeu.

O Volt é um movimento político com presença em 31 países, incluindo a Ucrânia, que defende desde a sua origem, em 2017, a criação de Forças Armadas Europeias, para poder resistir a ameaças, independente da NATO e dos Estados Unidos da América.

“Os Estados Unidos já não vão proteger a Europa. A Administração Trump deixou isso muito claro”, lê-se na comunicação sobre a iniciativa na página do partido europeu, Volt Europa .

“Por isso, temos de nos defender sozinhos contra os agressores. Enquanto os ucranianos lutam para sobreviver, e a Rússia ataca infraestruturas críticas e interfere com eleições em toda a Europa, os Estados Unidos estão a virar-nos as costas e a apoiar movimentos extremistas e não-democráticos por todo o continente, como vemos na Roménia e na Alemanha. Com estas ações, os Estados Unidos ajudam a Rússia a destruir a nossa paz”, defende o Volt.

O partido concorda com as declarações do presidente Zelensky durante a conferência de Defesa em Munique. Inês Bravo Figueiredo, co-presidente do Volt Portugal, afirma que “a Ucrânia tem sido durante demasiado tempo o escudo involuntário da Europa. Ao defender-se a si, defendeu-nos a todos nós. Mas se lhe dermos oportunidade, o regime de Putin não se ficará pela Ucrânia. Por isso, temos de estar preparados”.

Já Duarte Costa, colaborador regular do BOM DIA, que partilha a co-presidência do partido em Portugal, explica que “a humilhação a que o presidente dos EUA se sujeitou, ao alinhar-se com um regime agressor e humilhar o presidente da Ucrânia e a gota d’água para entendermos o nosso papel, enquanto europeus de defender a democracia. O mundo precisa de uma União Europeia soberana, com independência em relação aos Estados Unidos da América, capaz de defender quem sofre a agressão do imperialismo e do totalitarismo. Para isso precisamos de autonomia militar”.

O Volt também sublinha que, em 1950, a ideia do exército europeu não se concretizou precisamente porque os Estados Unidos “ofereceram uma forte alternativa, através de uma garantia de defesa” aos europeus, contra a União Soviética. “Agora que essagarantia terminou, é tempo de voltar ao plano original. Tudo o que é preciso é a vontade de agir”.

O Volt recolhe agora assinaturas suficientes para a chegar aos eurodeputados, em Bruxelas. Veja a petição na íntegra aqui.

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