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NATO: militares alemães apoiam Suécia e Finlândia até à adesão

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O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou esta terça-feira que a Alemanha vai intensificar a cooperação militar com a Suécia e a Finlândia, que procuram garantias de segurança durante o período de transição até à integração na NATO.

“Intensificaremos a nossa cooperação militar, especialmente na região do mar Báltico, e através de exercícios conjuntos”, disse Scholz numa conferência de imprensa em Berlim.

O chefe do Governo alemão acrescentou que a Suécia e a Finlândia poderão contar com o apoio da Alemanha “especialmente nesta situação muito especial” antes da sua esperada aceitação na NATO.

O chanceler alemão falou da oposição do Presidente turco à adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, manifestando-se “otimista” quanto à ratificação por todos os membros da aliança, incluindo a Turquia.

“Estou tão otimista como o secretário-geral da NATO de que conseguiremos isto rapidamente, e com o apoio de todos os países”, disse numa conferência de imprensa conjunta em Berlim com o primeiro-ministro luxemburguês Daniel Risch.

Um dia depois de o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter anunciado que vetaria a entrada dos dois países nórdicos se continuassem a acolher ativistas perseguidos por Ancara, Scholz disse estar convencido de que a ratificação turca é “muito provável”.

“A Turquia, na atual situação de conflito, tem dado muitos contributos construtivos”, salientou Scholz, que deu como exemplo a decisão de impedir a passagem de navios de guerra russos pelo estreito do Bósforo.

Acrescentou que os órgãos constitucionais da Alemanha ratificarão “sem demora” a adesão da Suécia e da Finlândia e convidou “o resto dos Estados a fazer o mesmo”.

Scholz assegurou ainda que, durante o processo, Berlim garantirá a segurança dos dois candidatos, nos termos do artigo 51.º da Carta das Nações Unidas e da cláusula de defesa coletiva da União Europeia.

A invasão russa da Ucrânia provocou uma mudança na política de defesa alemã e nomeadamente na exportação de armas, que tradicionalmente era vetada quando se tratava de regiões em conflito.

A revista Der Spiegel noticiou que o governo alemão enviou mísseis e minas antitanque para a Ucrânia para lidar com a invasão da Rússia, indicando que o envio foi confirmado pelas autoridades ucranianas.

Nas últimas semanas, 2.450 sistemas de combate a tanques e 4.600 minas chegaram à Ucrânia a partir da Alemanha e foram distribuídas entre as unidades do exército ucraniano.

Os tanques foram encomendados diretamente pela Ucrânia a um fabricante alemão de armas e as minas provêm dos depósitos do exército alemão, de acordo com o semanário, detalha a noticia do Der Spiegel.

A Alemanha já tinha enviado armas antitanque e veículos blindados, munições e explosivos para a Ucrânia, mas o envio de armas pesadas prometidas a Kiev está atrasado por problemas logísticos.

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