
De palavras pouco sei. No entanto eu procuro
Desvendar o seu sentido e o movimento
E tornar claro aquilo que ainda está no escuro
Mas gosto de poesia clássica e com talento.
Nas palavras eu procuro, medito e sustento
Palavras como Camões ou talvez como Camilo
Ponho fogo nas palavras e dou-lhes alento
Sim Senhor amigo Queiroz, escute lá ora Essa.
Não rejeito sua escrita e não lhe peço esmola
Nem a miséria dourada daqueles sem tecto
Os humanos são dignos mesmo os sem escola
Por favor homens dêem pão às crianças e afecto!
Não é bom serem pessoas arrogantes e intempestivas
Nem violentando os poemas como cimento
Multidões oscilantes não sabem por que estão vivas
E um mar de gente adere a qualquer movimento.
Gritam na televisão na rua ou até no Senado
Andam esfoladas empurradas sem ter pastor
A humanidade está passando por um mau bocado
Não tendo orientação perita e carecendo de amor!
José Valgode