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Na montanha russa da pandemia a Alemanha troca-nos as voltas

A Alemanha, ao colocar Portugal na “lista vermelha” obriga os portugueses residentes a alterarem os seus planos de férias. Também muitos turistas alemães, ao verem Portugal qualificado de zona da variante-vírus, apressam-se a regressar a casa para evitarem a quarentena ao entrar na Alemanha.

O número de pacientes Covid aumentou encontrando-se 116 deles em cuidados intensivos. “Preocupantemente, é a situação em Lisboa. Dois terços de todas as infecções nacionais são registadas em Lisboa – embora apenas 27% dos 10,3 milhões de portugueses aí vivam. A variante delta já é responsável por mais de 70% em Lisboa (HNA, 29.06.2021).

As consequências, também para os emigrantes, são desastrosas: descrédito, casamentos desmarcados, férias anuladas, famílias não encontradas, desmarcações de muitíssimos turistas, etc.

A vacinação e os testes negativos passam a não valer nada? Por um lado, uns a proibir de entrar em Portugal e outros a recomendar que os portugueses vão em magote até Sevilha para apoiar a equipa! Afinal, onde nos encontramos? A política contradiz-se: por um lado toda a gente é aconselhada a tomar a vacina e, por outro, quem tomou a vacina ou tenha teste negativo, tem de entrar em quarentena de 14 dias, ao regressar de Portugal!

Porquê tanta confusão e a quem servem as incongruências?

O descrédito cada vez se espalha mais e isto parece servir os interesses de poderes anónimos; doutro modo a razão começa a não chegar para explicar as contradições que se somam nas medidas que se tomam em relação ao SARS-CoV-2 e suas variantes.

De quem é a culpa?

A “culpa morreu solteira” e o seu cadáver flutua nos leitos dos rios, mas cada rio procura sentir o fedor nas margens dos outros.
É verdade que falta de responsabilidade não falta, mas, como tudo é virgem, ninguém a assume! O Primeiro Ministro português apenas constatou: “Nem tudo correu bem”.

A situação geral é realmente complicada e triste, mas mais que culpabilizar há que cada um assumir a responsabilidade no que toca ao seu âmbito, sem apontar o dedo para os outros.

Porém, já vai sendo tempo de tratar da saúde à pandemia!

António CD Justo

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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