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Museu em Lisboa é membro da Sociedade de Amigos do Louvre

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O Grupo dos Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga esteve esta semana em Paris para assinar um protocolo de cooperação com a Sociedade de Amigos do Louvre que reúne cerca de 55 mil pessoas que apoiam o maior museu do Mundo.

“Estas coisas não são imediatas, vão-se pensando. Temos uma relação próxima com o Louvre e agora vamos reforçar esta ligação com um acordo mais formal para estabelecer uma ligação entre o Louvre e o Museu Nacional de Arte Antiga, que precisa de internacionalização”, disse Ana Geraldes, presidente do Grupo dos Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em declarações aos jornalistas.

A cerimónia formal aconteceu no Museu do Louvre, perto da sala que acolhe a exposição “A idade de ouro do Renascimento português”, uma das exposições mais aguardadas da Temporada Cruzada entre a França e Portugal que reúne 13 obras da pintura portuguesa dos séculos XV e XVI.

Estas duas associações têm o mesmo objetivo que é recolher fundos e recursos para a aquisição de novas peças para os seus museus e apoiar a realização de exposições temporárias, com a Sociedade dos Amigos do Louvre a reunir atualmente 55 mil pessoas, um leve decréscimo face ao passado.

“Chegámos a ter 60 mil sócios, mas depois da covid-19 estamos com 55 mil. O museu acabou por estar fechado durante muito tempo e muitas pessoas não renovaram a sua inscrição. Tentámos atrair mais gente, dando um passe anual suplementar a quem é sócio, na esperança que depois de visitar a outra pessoa também se queira juntar a nós”, explicou Louis-Antoine Prat, historiador de arte e administrador desta associação.

Por ano, o Louvre pode utilizar como fundos próprios para aquisições 20% das receitas da bilheteira, o que equivale a cerca de 08 milhões de euros. A esse valor, a Sociedade dos Amigos do Louvre consegue juntar mais alguns milhões a partir de doações e de heranças deixadas a esta associação.

A concretização deste acordo entre dois dos principais museus entre França e Portugal, vai facilitar o lóbi da arte portuguesa no Museu do Louvre.

“A assinatura do protocolo entre estas duas grandes instituições que ajudam os museus vai criar como uma forte ligação que vai permitir que no futuro, tanto o MNAA tenha mais cooperação com o Louvre, como fazer também mais pressão junto do Louvre para que haja mais janelas abertas sobre Portugal e talvez, um dia, uma sala de pintura portuguesa neste museu”, concluiu Philippe Mendes, galerista franco-português e mecenas da Sociedade dos Amigos do Louvre.

A exposição “A idade de ouro do Renascimento português” decorre no quadro da Temporada Portugal-França, uma iniciativa de diplomacia bilateral entre Portugal e França que visa aprofundar o relacionamento cultural entre os dois países.

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