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Movimento contra aumento do paredão em Matosinhos

Há uma semana cerca de 500 pessoas manifestaram-se na Praia de Matosinhos contra o aumento do quebra-mar exterior do Porto de Leixões, justificando o movimento com os possíveis impactos ambientais, económicos e sociais que poderão ser despoletados pela obra.

“Diz Não ao Paredão” foi um movimento lançado nas redes sociais por Humberto Silva, que enalteceu a determinação de todos os que se fizeram deslocar ao areal, mesmo com condições climatéricas adversas: “Isto só prova a força e o crescimento que este movimento tem (…) o grupo dos surfistas foi o primeiro a chamar a atenção para o problema (mas) neste momento este não é, de todo, um movimento surfista, mas um movimento da sociedade e dos cidadãos que estão preocupados com o futuro de Matosinhos”.

Fatores como a estagnação das águas, a poluição e a deterioração da praia de Matosinhos preocupam os manifestantes, que alegam que os mesmos já se encontram previstos em estudos de impacto ambiental. A Câmara de Matosinhos mostrou-se solidária com a causa, e apresentou uma moção para travar a fase de obra de extensão do quebra-mar, mas Humberto Silva diz que o se pretende é “que pare de imediato todo o processo, o concurso e a obra, até se saber quais os verdadeiros impactos que o projeto irá ter”.

A praia de Matosinhos é também conhecida pelas boas condições que oferece à prática de desportos aquáticos, como o surf e o bodyboard, e os desportistas temem uma redução de ondas na costa com a construção do quebra-mar. Para além disso, mostram-se ainda preocupados com o facto de o rio Leça desaguar naquela praia, o que poderá motivar uma estagnação das águas e uma consequente aglomeração de detritos poluentes, colocando em risco também os banhistas.

O BOM DIA entrevistou o surfista e advogado Miguel Kramer, que partilhou o seu ponto de vista.

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