O número de mortes causadas pelo novo coronavírus atingiu esta terça-feira os 200.000 na maior potência económica mundial, os EUA, apesar de este ter sido considerado, no início do ano, o país mais bem preparado para uma pandemia.
“É completamente incompreensível que tenhamos chegado a este ponto”, disse Jennifer Nuzzo, investigadora de saúde pública da Universidade Johns Hopkins, que não escapa à surpresa provocada pelo facto de os relatórios mundiais apresentarem os EUA como o país melhor preparado para lidar com uma pandemia.
O número de 200.000 mortes com covid-19 é, de longe, o mais elevado no mundo, e foi relatado pela Johns Hopkins, com base em dados fornecidos pelas autoridades de saúde estaduais, mas acredita-se que o número real seja muito maior, em parte porque muitas mortes com o novo coronavírus foram provavelmente atribuídas a outras causas, especialmente no início, antes dos testes generalizados.
O número de mortos com covid-19 nos EUA é equivalente ao número de vítimas de um ataque como o de 11 de setembro de 2001, todos os dias, durante 67 dias.
As mortes atingem cerca de 770 por dia, em média, e um modelo da Universidade de Washington prevê que o número total de mortes nos EUA duplicará para 400.000, até ao final do ano, à medida que as escolas reabrem e chega o frio.
Os especialistas dizem ainda que, contrariando as palavras do Presidente Donald Trump, não é provável que haja uma vacina disponível antes de 2021.