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Montenegro “conquistador” sai do congresso do PSD com mais “confiança”

© lusa

O primeiro-ministro citou este domingo figuras da História de Portugal como o rei Dom Afonso Henriques, Vasco da Gama e Luiz de Camões para prometer um Governo com espírito de conquista, de inovação e de descoberta.

Esta posição foi transmitida por Luís Montenegro na intervenção com que encerrou o 42.º Congresso Nacional do PSD, que se realizou em Braga, durante a qual também se manifestou convicto de que “as ruas” lhe têm transmitido “estímulo e confiança”.

Na parte final do seu discurso, o primeiro-ministro colocou como prioridade cimeira fazer com que a atual geração esteja à altura da História do país, considerando que Portugal tem de liderar também em domínios como a economia ou a política.

“Nós, portugueses, descendentes do foco e da esperança de Afonso Henriques, de Vasco da Gama, de Luiz Vaz de Camões, não poderemos falhar ao nosso tempo e não poderemos falhar a quem virá a seguir a nós”, declarou.

A seguir, prometeu espírito de inovação e descoberta.

“É este espírito de acreditarmos em nós próprios, de acreditarmos no nosso potencial que queremos também atingir dos pontos de vista político e económico para sermos líderes nas melhores práticas do mundo”, disse.

Logo na primeira parte do seu discurso, o líder social-democrata recorreu à História de Portugal então para procurar assegurar que o seu Governo terá “foco” e visará ser um fator de “esperança”.

Luís Montenegro prometeu “foco no essencial foco dos problemas que afetam as pessoas e foco na procura de soluções e respostas estratégicas e estruturais”.

“Foco na condição de vida das pessoas e foco especial no apoio aos mais desprotegidos. Foco centrado, sobretudo, na nossa responsabilidade e não num estéril jogo de passa culpas”, declarou.

Em relação ao fator esperança, afirmou que os portugueses podem ter “esperança no futuro e no talento dos portugueses”.

“Esperança nas nossas capacidades enquanto nação inovadora, arrojada, ligada à descoberta de novos mundos e fonte de conhecimento, de capacidade criativa e empreendedora. Esperança de que somos nós que temos de construir o futuro, não é o futuro que deve estar à nossa espera. Disse ontem [sábado] e reitero hoje. Estamos de olhos postos no futuro”, completou.

No plano estritamente político, o primeiro-ministro deixou uma mensagem de caráter político sobre a atual popularidade do executivo PSD/CDS-PP que lidera.

“Quero agradecer muito o apoio, o estímulo e a confiança que sentimos nas ruas de Portugal por parte dos nossos concidadãos”, afirmou, antes de se referir de forma breve às mudanças operadas nos órgãos nacionais do seu partido, começando por destacar entre os dirigentes cessantes José Matos Correia.

Depois, em relação às entradas de novos dirigentes, Luís Montenegro levantou o congresso quando assinalou a escolha da antiga ministra da Saúde e conselheira de Estado Leonor Beleza para primeira vice-presidente do partido.

“Quero expressar essa alegria e essa confiança na nossa companheira Leonor Beleza, que hoje assume com espírito de companheirismo e com espírito de serviço ao interesse público e ao interesse nacional que sempre guiou a sua conduta e a sua vida um lugar de especial responsabilidade connosco, o que acrescenta ainda mais a nossa própria responsabilidade. A todos quero garantir, vamos continuar a dar o nosso melhor. Vamos continuar a tratar daquilo que é de todos e a pensar naquilo que são as necessidades de cada um”, declarou.

Perante os congressistas sociais-democratas, Luís Montenegro procurou assegurar que os membros do Governo que lidera irão “continuar a dar o seu melhor”.

“Vamos continuar a tratar daquilo que é de todos e a pensar naquilo que são as necessidades de cada um. Vamos construir com os portugueses um futuro de humanismo, um futuro de justiça, um futuro de felicidade. Nada, mas mesmo nada, nos pode impedir daquilo que está nas nossas mãos para podermos fazer. Nada nos pode impedir”, repetiu, numa alusão indireta à circunstância de o seu executivo ser suportado no parlamento por uma maioria relativa PSD/CDS.

Neste ponto, Luís Montenegro acentuou a seguinte ideia: “Tudo aquilo que temos, temos de continuar a dar; tudo aquilo que temos, vamos continuar a dar a bem do interesse da nossa sociedade, a bem do interesse da justiça social, a bem do interesse de cada ser humano que nasceu, que cresceu, que vive ou que possa vir a viver em Portugal”, acrescentou.

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