MNE vê nas Câmaras de Comércio solução para uma economia volátil
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou esta quinta-feira a recém criada Rede de Câmaras de Comércio Portuguesas no Mundo (RCCPM) como “uma resposta não clássica” a uma economia mais rápida, mais volátil e mais digitalizada, realidade à qual afirma que Portugal ainda não se adaptou.
Foi durante a sua intervenção enquanto orador convidado num almoço-debate por ocasião do Primeiro Encontro Anual da Rede das Câmaras de Comércio Portuguesas no Mundo, em Lisboa, que o governante assumiu que o país “não está treinado para esta economia” e admitiu a necessidade de aproveitar as valências da Rede juridicamente constituida em agosto do ano passado.
“O conceito de rede pode ser a solução. Podemos progredir e melhorar. Com a capacidade do Estado ter a humildade de abrir as portas a estas redes podemos melhorar muito no nosso desempenho externo e internaionalizar a nossa economia”, defendeu.
Além desta premente necessidade de adaptação, o ministro dos Negócios Estrangeiros destacou ainda que o país precisa de saber “transformar a sua marca cultural numa marca económica”, apontando como solução a aposta noutras geografias, nomeadamente em África, continente “onde Portugal tem uma histórica facilidade de penetração, inclusivamente em países que não falam a língua portuguesa; “nas Américas do Norte e do Sul”; “no México” e na Ásia, destacando das demais nações a Índia e a China.