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Minuto de silêncio na UNESCO por Jorge Sampaio

Os trabalhos da 212.ª sessão do Conselho Executivo da UNESCO arrancaram esta segunda-feira com um minuto de silêncio em homenagem ao antigo Presidente português Jorge Sampaio, lembrado como uma “personalidade excecional”.

“Faço aqui uma homenagem ao antigo Presidente de Portugal Jorge Sampaio, falecido recentemente. Foi uma personalidade excecional, também no seu trabalho nas Nações Unidas. Antes de morrer, ele deixou um aviso sobre os direitos das mulheres no Afeganistão: a solidariedade não é facultativa, mas um dever inscrito no primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem”, evocou o embaixador de Portugal na UNESCO, António Sampaio da Nóvoa, na sessão de trabalhos desta manhã.

A homenagem ao antigo Presidente português foi proposta pelo presidente do Conselho Executivo, Agapito Mba Mokuy, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial. O Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) está reunido desde dia 06 de outubro e os trabalhos decorrem até 20 de outubro.

Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu a 10 de setembro aos 81 anos, depois de ter estado internado no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, desde 27 de agosto, com dificuldades respiratórias.

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Antes de falecer presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

Na sua morte, António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, afirmou que Jorge Sampaio foi uma figura “central” da democracia de Abril, um “incomparável homem de Estado” que deixou uma marca “decisiva” na luta pela paz e no diálogo entre civilizações.

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