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Miná pede respeito pela seleção do Chipre

O selecionador português de futebol feminino, Francisco “Miná” Neto, assegurou que “só um Portugal altamente focado no objetivo final é que poderá levar de vencida o Chipre”, na dupla jornada de qualificação para o Europeu.

“Temos de ter respeito, o máximo de cuidado e seriedade. Qualquer adversário merece o nosso respeito e só um Portugal altamente focado no objetivo final é que poderá levar de vencida o Chipre. Passámos essa mensagem às jogadoras e acreditamos que elas vão ser capazes de dar uma resposta competente e séria”, sublinhou, em declarações à agência Lusa.

A equipa das ‘quinas’ joga em Larnaca, na sexta-feira, a partir das 19h00 (17h00, em Lisboa), recebendo a seleção cipriota quatro dias depois, pelas 18h00, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

“O Chipre é uma equipa que, acima de tudo, está em crescimento. Está a fazer o processo que Portugal fez há uns anos, a entrar nas qualificações, a procurar reunir as suas jogadoras e dar-lhes experiências competitivas. Tem jogadoras com muita paixão pelo que fazem, que estão a ganhar o espaço delas no futebol feminino no Chipre e a nível europeu”, alertou.

Portugal soma quatro pontos em dois jogos disputados no apuramento, enquanto o Chipre, em três partidas, não conseguiu pontuar, nem marcar qualquer golo, tendo sofrido 14 golos. Contudo, Francisco Neto frisou a agressividade da congénere cipriota, que luta “do primeiro ao último minuto”, bem como as dificuldades causadas pela pandemia de covid-19.

“Há países em que o desporto tem mais competição do que outros, em função da política e forma de atuação das entidades competentes. Acho que estamos relativamente próximos da realidade do Chipre, mas a pandemia tirou-nos desde março a possibilidade de competir. As jogadoras levam quatro ou cinco jornadas do campeonato, o que não é o ideal”, lamentou.

A comitiva lusa partiu na quarta-feira para o Chipre, num voo ‘charter’ disponibilizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), de forma a cumprir com todas as recomendações sanitárias, que se prendem igualmente pelos testes à covid-19 – com resultados todos negativos -, numa espécie de “efeito de bolha”.

A convocatória apresenta algumas futebolistas muito jovens, como são os casos de Maria Negrão (16 anos), Alícia Correia (17), Andreia Jacinto (18) ou Telma Encarnação (19), entre outras, mas, para Francisco Neto, o que conta “é a competência”, não olhando “para o bilhete de identidade”.

“Estas jogadoras têm competência para os desafios que aí vêm e, independentemente da idade, confiamos imenso nelas. Também sabemos que vão estar suportadas por jogadoras com muita experiência, que já passaram pelo caminho delas. O grupo funciona bem quando conseguimos ser coletivos com esta mescla de juventude e experiência”, explicou o técnico.

Portugal ocupa a terceira posição no Grupo E de qualificação, com quatro pontos, atrás da Escócia, que tem seis, e da líder Finlândia, com 10, mas mais dois encontros realizados. Albânia, com três, segue em quarto, enquanto o Chipre, em último, ainda não somou qualquer ponto.

Apuram-se para a fase final os vencedores de cada grupo, mais os três segundos classificados com melhores resultados face ao primeiro, terceiro, quarto e quinto no seu grupo.

Os restantes segundos vão disputar um ‘play-off’ em data a definir, para assegurar as últimas três vagas na fase final.

 

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