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Mau tempo deixou centenas de milhares sem luz e arrancou telhados

A Proteção Civil avisou que o pico da tempestade seria entre as 22.00 e as 3.00. O furacão Leslie perdeu intensidade, ao início da noite, mas ganhou velocidade e mudou de trajetória dirigindo-se para Norte. Até ao início da madrugada de domingode, foram contabilizadas 820 ocorrências, a maioria resultantes da queda de árvores e de estruturas, sobretudo nos distritos de Leiria, Coimbra e Lisboa, segundo a Proteção Civil.

Centenas de milhares de clientes estão sem energia elétrica desde sábado à noite em consequência dos danos causados pela passagem da tempestade tropical Leslie, disse à agência Lusa fonte da EDP Distribuição, que considera a situação “muito grave”.

“Neste momento estão a ser afetadas as zonas mais a norte que ainda não tinham sido atingidas. Perto do Porto, Aveiro e Ovar, por exemplo”, afirmou a diretora de comunicação da EDP Distribuição, Fernanda Bonifácio em declarações à Lusa.

Com a chegada da tempestade ao Minho, a situação acalmou. “Neste momento será uma tempestade pós-tropical e está já no extremo norte do território do continente português, se bem que ainda haja, pelo menos em termos de nebulosidade, alguns efeitos na região do Minho. Vamos ter ainda precipitação na região do Minho, mas a situação vai normalizar rapidamente, voltando à situação meteorológica que tínhamos antes da passagem desta tempestade”, explicou Jorge Miranda à agência Lusa, pelas 2.00.

Rasto de destruição na Figueira da Foz

A cidade da Figueira da Foz, três horas após o pico do furacão Leslie, que atingiu com grande intensidade a região Centro, apresenta um rasto de destruição e grandes prejuízos, constatou a agência Lusa no local.

Fonte da autarquia disse à Lusa que 800 pessoas ficaram retidas no Centro de Artes e Espetáculos (CAE), após ter faltado a eletricidade durante um concerto de Carminho.Vários pontos da cidade ficaram sem eletricidade e as estradas foram cortadas.

Na Figueira da Foz, as rajadas de vento atingiram os 176 km/h , revelou Diamantino Henriques, delegado regional do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) e delegado nacional da Comissão Internacional de Furacões, em declarações à SIC Notícias.

Árvores caídas e telhas arrancadas pelo vento no Grande Porto

Quedas de árvores, telhas de casas destruídas pela força do vento e infiltrações de água são até ao momento os “maiores problemas” verificados no Grande Porto devido à passagem do furacão Leslie.

Com os Bombeiros Sapadores do Porto a serem os mais solicitados pelos pedidos de ajuda da população, ainda assim, segundo uma fonte daquela corporação disse à agência Lusa, os “maiores problemas foram a queda de árvores e as infiltrações de água verificadas”. Segundo avançou o jornal “Expresso”, uma árvore caiu em cima de uma habiação, em Paranhos.

Em Matosinhos o panorama não difere muito, com os Bombeiros de Matosinhos/Leça a dar conta de chamadas a pedir ajuda por “as telhas dos telhados das suas casas terem voado” e, noutro caso, a “estrutura de ferro de um edifício ter sido arrancada pelo vento”. A queda de uma árvore em Senhora da Hora provocou o corte da linha do metro de Matosinhos e o corte das duas vias de trânsito da Rua da Lagoa, afirmou fonte dos Bombeiros Voluntários de Leixões.

Segundo fonte dos Bombeiros de Leixões, a queda da árvore na Rua da Lagoa, em Senhora da Hora, Matosinhos, provocou também danos numa estátua centenária que se encontrava numa rotunda.

Ainda junto à costa marítima, em Vila Nova de Gaia a força do vento “ditou a queda de árvores e de postes de eletricidade” foram as ocorrências mais graves divulgadas pelos Bombeiros Sapadores locais.

Em Gondomar, e apesar do vento forte se fazer sentir, os bombeiros locais “não registaram até à 00.30 qualquer pedido de ajuda”.

A queda de um poste de alta tensão em Valongo deixou cerca de 30 casas sem eletricidade, disse à Lusa fonte dos Bombeiros de Valongo. Os Bombeiros Voluntários de Valongo tiveram ainda de intervir na freguesia de Campo depois da queda de duas árvores ter provocado o corte temporário de uma estrada secundária. Em ambas as situações, precisou a fonte dos bombeiros, não há registo de vítimas.

A queda de um poste de iluminação pública numa rua da Trofa, distrito do Porto, provocou um apagão naquela via logo após se começarem a sentir os efeitos da tempestade tropical Leslie, revelou à Lusa fonte dos bombeiros.

Leslie desalojou 50 utentes de parque de campismo no concelho de Alcobaça

O furacão Leslie provocou, na noite de sábado, cerca de 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros, em Alcobaça, no distrito de Leiria, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. Segundo a mesma fonte, as cerca de 50 pessoas estão a ser acompanhadas pelos serviços da Proteção Civil de Alcobaça.

Os cerca de 50 utentes do parque de campismo de Água de Madeiros, no concelho de Alcobaça, no distrito de Leiria, que ficaram desalojados na sequência do furacão Leslie, foram realojados nas imediações, informou o presidente da Câmara de Alcobaça.

A1 cortada no sentido sul/norte devido a queda de árvore

A Autoestrada do Norte (A1) foi na noite de sábado cortada ao trânsio, ao quilómetro 163, no nó de Soure, sentido norte/sul, devido à queda de uma árvore na via, informaram a Brisa e a GNR.

“A Brisa informa que, por motivo de queda de árvore na via, devido ao vento, o trânsito está cortado a A1 – Autoestrada do Norte, no sentido norte / sul, ao km 163,3”, refere um comunicado enviado à agência Lusa.

Fonte da GNR acrescentou que na A1, ao quilómetro 191, no sentido sul/norte, na zona da Mealhada, distrito de Aveiro, há uma viatura imobilizada na estrada e uma árvore caída na via, e ao quilómetro 180, no sentido sul/norte, na zona de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, há sinais de trânsito caídos na via.

Voos cancelados no Porto e em Lisboa

Três voos da TAP e um da KLM, com partida do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, foram cancelados na sequência do mau tempo.

Cerca de 30 voos foram cancelados sábado à noite, nos aeroportos de Lisboa e do Funchal, segundo informação disponível no portal da ANA – Aeroportos de Portugal, a maioria devido à passagem da tempestade tropical Leslie.

Pedaços do teto caíram com a força do Leslie e jogo de hóquei foi suspenso

A final do Europeu feminino de hóquei em patins de 2018 entre Portugal e Espanha foi no sábado suspensa, a 2.13 minutos do fim, devido a uma falha generalizada no fornecimento de energia elétrica na Mealhada, onde decorre a prova.

Faltavam pouco mais de dois minutos para jogar no duelo entre Portugal e Espanha, que decide o título de campeão da Europa feminino, quando uma falha no sistema de iluminação do Pavilhão Municipal da Mealhada, devido ao mau tempo provocado pelo furacão Leslie, obrigou à suspensão do encontro.

 

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