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Marcelo avisa que investigação à Raríssimas tem que ser rápida

O Presidente da República avisou esta quinta-feira que a investigação à Raríssimas “não pode levar meses” e que o Governo nomeou uma equipa para garantir a continuidade da associação e o apoio a centenas de pessoas.

“É uma instituição que não pode parar. É necessário manter em funcionamento a instituição e, tanto quanto sei, o Governo já decidiu enviar uma equipa para esse efeito”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, antes de ir assistir à emissão do Natal dos Hospitais, na RTP, em Lisboa.

Para o chefe do Estado, a investigação “não pode levar meses” porque se trata de “uma instituição com milhares de pessoas envolvidas e não pode esperar um mês, dois meses, quatro meses, cinco meses, seis meses”.

Esperar esse tempo, afirmou Marcelo, “significaria eventualmente a morte de uma instituição”, em que a presidente se demitiu após uma investigação jornalística da TVI que revelava o alegado uso para fins pessoais, pela presidente, de dinheiro da associação de ajuda a pessoas com doenças raras.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu, por duas vezes, que o cenário ideal seria que a fiscalização funcionasse sempre, mesmo sem denúncias, como aconteceu na Raríssimas.

“O pior que podia acontecer era que, de repente, houvesse uma rutura e que as grandes vítimas fossem as crianças”, afirmou.

Para o Presidente, são importantes “três linhas fundamentais” – “investigar e rapidamente”, “garantir o funcionamento da instituição” e “não generalizar estes casos” para “as pessoas não deixarem de acreditar no voluntariado e nas instituições de solidariedade social”.

Uma reportagem emitida pela TVI no sábado denunciou o alegado uso, pela presidente, de dinheiro da associação de ajuda a pessoas com doenças raras, a Raríssimas, para fins pessoais.

Na reportagem era também adiantado que o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, foi contratado entre 2013 e 2014 pela associação Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

Paula Brito e Costa e Manuel Delgado anunciaram na terça-feira que se demitiam dos respetivos cargos.

A comissão de Trabalho e Segurança Social aprovou na quarta-feira, por unanimidade, um pedido do PS para o ministro Vieira da Silva prestar esclarecimentos sobre este caso relativo a suspeitas de gestão danosa na associação Raríssimas, mas não ficou então marcada uma data para a audição.

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