Maputo: Português foi assassinado pelo próprio segurança e motorista

A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou esta terça-feira que José Pedro Alves da Silva, cidadão português morto a tiro na passada sexta-feira, 2 de maio, na cidade da Matola, arredores de Maputo, foi assassinado pelo seu segurança e motorista, com o objetivo de roubar o dinheiro que este transportava na viatura.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do comando-geral da PRM, Leonel Muchina, afirmou que os dois homens já confessaram o crime: “Estes dois indivíduos são confessos em relação à prática e execução material deste crime hediondo, que foi um baleamento e que veio a ser determinante para que este cidadão da nacionalidade portuguesa viesse a conhecer a morte.”
“No interior da viatura não foram encontrados nenhuns estilhaços de vidro, facto que contraria a versão de que supostos meliantes quebraram o vidro da viatura na qual a vítima se transportava”, explicou a mesma fonte, acrescentando que o motorista confessou que o disparo foi efetuado pelo segurança, a partir do interior da viatura.
José Pedro Alves da Silva, de nacionalidade portuguesa, era administrador da empresa SOTUBOS, especializada na venda de tubos e material de construção, pertencente ao seu pai, Alberto Silva, ex-presidente do Sporting de Braga e embaixador do clube para a África Austral desde 2019.
O crime ocorreu por volta das 13h00 locais, e a vítima viria a falecer durante o transporte para o Hospital José Macamo, em Maputo.
A tragédia chocou a comunidade portuguesa em Moçambique. Na segunda-feira, centenas de pessoas reuniram-se na Igreja de Santo António da Polana, na capital moçambicana, para uma missa em homenagem a José Pedro Alves da Silva. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já apresentou condolências à família do empresário português.