Esta é a madrugada da vergonha e do medo
do dia negro que acreditámos nunca mais voltar a ver,
da tirania feroz e bruta derrubando a sensatez e a sabedoria,
do barulho das botas espezinhando a paz.
Os ventos de mudança foram apenas uma canção
que o próprio vento já esqueceu
no seu sonho azul-dourado e dormente,
porque, na verdade, os muros não foram todos derrubados
e deixaram os céus sombrios de ontem trazerem novas tempestades.
Mergulharemos novamente na noite sem fazer nada?
JLC24022022
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