Existe Ludo em boa parte do mundo. O nome varia. Pra mim, uma verdadeira metáfora ao jogo da vida. Exige paciência, entendimento de que podemos estar próximos da chegada e precisar voltar ao começo.
Que não adianta estar na frente e a maioria dos seus não conseguir sequer começar.
Em algumas partidas, o dado pode ser legal contigo e o jogo acabar rápido, mas será que o caminho foi realmente divertido? Riu, admirou a vista? É legal andar “sozinho na frente” até o final?
Também nos faz lembrar de que só é possível ganhar se todos os seus iguais entrarem em jogo. Que é preciso abrir mão de algumas jogadas para dar vez a quem também deseja chegar. Seja lá onde for. Que todo mundo deseja basicamente as mesmas coisas e o fim será igual para todos. Afinal, o que é vencer?
Talvez esse jogo seja uma das poucas formas de exemplificar que fazer uma mesma coisa, repetidas vezes, pode trazer resultados diferentes. E só. O mundo real exige bem mais que isso.
“Perdi”. Perder traz muitas reflexões mais profundas. Abriu um caminho mais leve, imprevisível e, até pra mim mesma, incrível. Respiro fundo, revejo fotos, amigos e escritos e… É, não foi/é um sonho.
E assim inicio mais uma temporada.
