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Legislativas francesas: Macron ainda acredita na maioria

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A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, disse domingo à noite que o partido de Emmanuel Macron pode ter uma maioria no dia 19 de junho e que é o único com um projeto coerente face aos extremos. 

“Face às dificuldades que enfrentamos e à guerra, não podemos correr o risco de instabilidade, face aos extremos só nós temos um projeto coerente, claro e responsável. […] Face aos extremos não cederemos nada, nem de um lado nem do outro”, disse Elisabeth Borne numa mensagem ao país, na sede de campanha da coligação Ensemble! do presidente no 8º bairro de Paris.

Em pé de igualdade com a esquerda nesta primeira volta, a maioria de Emmanuel Macron está em risco para os próximos cinco anos, especialmente contra a coligação Nova União Popular Ecologista e Social (Nupes) à esquerda, levando a primeira-ministra a pedir o voto dos franceses no próximo domingo.

“Daqui a uma semana, para além das etiquetas, são os nossos valores que estão em jogo: a liberdade, a igualdade, a fraternidade e a laicidade. Esta primeira volta mostra que este é um combate atual e que não podemos deixar de defender estes valores”, defendeu a primeira-ministra que passou o fim de tarde com o Presidente no Palácio do Eliseu.

Para Borne, o partido de Macron representa “a defesa da soberania francesa sem rutura com a Europa” e combate ao “fascínio pelos regimes autoritários”, indicando que estas são propostas e comportamentos dos candidatos da extrema-esquerda.

No seu círculo eleitoral, no departamento de Calvados, na Normandia, Elisabeth Borne foi a candidata que reuniu mais votos, passando agora à segunda volta. Tal como ela, a maior parte dos 15 ministros parece até agora ter-se qualificado para a segunda volta, com muitos duelos entre membros do Governo e a Nupes, mas também alguns duelos entre candidatos da maioria e da extrema-direita.

Questionado sobre o sentido de voto sempre que não houver candidato da maioria face à extrema-direita, o ministro Stanislas Guerini, que também esteve na sede de campanha, disse que esse sentido de voto aos eleitores da maioria será dado “caso a caso”.

Na sede da coligação Ensemble!, que reúne o República em Marcha de Macron, o partido Agir, Modem e Horizons , não houve qualquer reação dos militantes, já que foi uma noite eleitoral sem público. Quase uma centena de jornalistas encheram a sala do 68 rue de Rocher, mas sem reações, aguardando apenas o discurso de cerca de cinco minutos de Borne e uma rápida intervenção informal de Guerini, longe da apoteose de 2017.

 As primeiras estimativas dos resultados da primeira volta das eleições legislativas em França dão a coligação de esquerda liderada por Jean-Luc Mélenchon e o partido de Emmanuel Macron com cerca de 25% dos votos, com muitos duelos na segunda volta.

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